Por recomendação médica, Dilma cancela viagem ao Paraguai

Por recomendação médica, a presidente Dilma Rousseff cancelou a viagem que faria no próximo domingo (15) ao Paraguai, informou nesta quinta-feira (12) o Palácio do Planalto. Dilma se recupera de uma pneumonia no pulmão esquerdo, diagnosticada há mais de 10 dias. De acordo com o porta-voz da Presidência, Rodrigo Baena, os médicos querem evitar que […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Por recomendação médica, a presidente Dilma Rousseff cancelou a viagem que faria no próximo domingo (15) ao Paraguai, informou nesta quinta-feira (12) o Palácio do Planalto. Dilma se recupera de uma pneumonia no pulmão esquerdo, diagnosticada há mais de 10 dias.

De acordo com o porta-voz da Presidência, Rodrigo Baena, os médicos querem evitar que ela “se exponha” a uma viagem de avião que, somados os trechos de ida e de volta, duraria seis horas.

“A visita da presidenta Dilma a Assunção foi adiada para uma data posteriormente a ser acertada com o governo paraguaio. Houve uma recomendação médica de cautela para que a presidente, ainda que esteja quase totalmente recuperada, não se exponha a uma viagem aérea de seis horas”, afirmou o porta-voz.

Desde que ficou doente, Dilma diminuiu o ritmo da agenda de trabalho e passou a despachar no Palácio do Alvorada, residência oficial da Presidência. Na capital paraguaia, ela teria reunião bilateral com o presidente do país vizinho, Fernando Lugo. Estava ainda prevista a participação de Dilma nas comemorações do bicentenário da independência do Paraguai.

De acordo com o Planalto, ela será representada, nas comemorações, pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e pelo ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota.

Itaipu

A viagem de Dilma ao Paraguai ocorreria dias após o Senado aprovar que autoriza o Brasil a triplicar o valor pago ao Paraguai pela energia excedente da usina hidrelétrica binacional de Itaipu, no rio Paraná, na fronteira entre os dois países.

O projeto já havia sido aprovado pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado e pela Câmara dos Deputados. Agora, o projeto vai à promulgação.

O acordo, assinado entre o governo brasileiro e o paraguaio em setembro de 2009, muda o Tratado de Itaipu e afirma que o valor pago atualmente de US$ 120 milhões passaria para US$ 360 milhões, considerando valores de 2008.

O Tratado de Itaipu estabelece que a energia da usina binacional será dividida em partes iguais entre os dois países e permite a cada um dos dois países adquirir, até 2023, a energia não utilizada pelo outro. Como o Paraguai consome apenas 5% da energia gerada, vende o restante de sua parte ao Brasil.

Pelo texto do acordo, o fator que é usado para multiplicar o valor do megawatt-hora transferido para o Brasil subiria de 5,1 para 15,3. Quando o Brasil começou a pagar ao país vizinho pela energia de Itaipu, em 1985, o fator era de 3,5. Quem paga o valor é a estatal Eletrobrás.

Conteúdos relacionados