A relação de Roberto Carlos com o Corinthians parece ser cada vez menos duradoura. Nesta quinta-feira, o lateral afirmou em entrevista ao Diário Lance que pensa em deixar o clube e até se especula uma proposta dos Los Angeles Galaxy, dos Estados Unidos. Segundo o diretor adjunto de futebol, Duílio Monteiro Alves, existe a possibilidade de Roberto sair.

“O procurador dele (Fabiano Farah) chegaria hoje (quinta-feira) ao Brasil e vamos conversar, pois o presidente chega amanhã (sexta) em São Paulo. Vamos ver qual caminho seguir. Não temos uma opinião formada sobre a saída dele e as declarações foram apenas hoje. Queremos um jogador tranquilo para trabalhar. Se ele não estiver, não é bom nem para ele e nem para o clube. Vamos sentar todos numa mesa e definir a permanência”, afirmou Duílio.

O Corinthians nega que tenha recebido alguma proposta por Roberto Carlos, que tem contrato em vigência até o fim desse ano. Mas disse, sim, ter conhecimento das ameaças que o jogador recebe. Segundo Duílio Monteiro Alves, o clube garante a segurança dos atletas e da comissão técnica.

“Conversamos com ele ontem (quarta) e realmente há essa preocupação por conta de todo o ocorrido, mas ele falou também que recebeu telefonemas e ameaças, por isso está preocupado em continuar. O Corinthians garante toda segurança possível aqui dentro. Ocorreu com nós todos e até o presidente teve ameaças. Fora daqui é questão de polícia. Ele querendo continuar, tem garantias do clube sobre segurança”, acrescenta.

O clima para Roberto Carlos piorou especialmente após a eliminação do clube na Copa Libertadores diante do Tolima, na última semana. Roberto foi criticado por não ter jogado a partida na Colômbia, que culminou com a saída da equipe da competição, e foi deixado de lado para fazer recondicionamento físico. Assim deve permanecer por mais alguns dias.

Dentro da comissão técnica do Corinthians, Roberto Carlos já não é visto como unanimidade há muito tempo. Adílson Batista e o próprio Mano Menezes tinham contestação sobre o jogador, que teve problemas físicos durante o Campeonato Brasileiro e caiu de produção no fim do ano com Tite. A contratação de Fábio Santos, que chegou com status de titular do Grêmio, e a volta de Marcelo Oliveira, foram sinais sobre a pouca confiança em Roberto.