PIB cresce 7,8% em 2010, estima Banco Central
O nível de atividade econômica do país cresceu pelo sétimo mês consecutivo em dezembro do ano passado, e, no acumulado de 2010, avançou 7,8%, segundo números divulgados nesta quarta-feira (16) pelo Banco Central. O valor estimado pela autoridade monetária ficou um pouco acima da previsão do mercado financeiro, que espera um crescimento de 7,6% para […]
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O nível de atividade econômica do país cresceu pelo sétimo mês consecutivo em dezembro do ano passado, e, no acumulado de 2010, avançou 7,8%, segundo números divulgados nesta quarta-feira (16) pelo Banco Central. O valor estimado pela autoridade monetária ficou um pouco acima da previsão do mercado financeiro, que espera um crescimento de 7,6% para o último ano.
No ano passado, informou a autoridade monetária, o Índice de Atividade Econômica do BC, o IBC-Br, somou 138,68 pontos, pela média, contra 128,64 pontos em 2009. Os dados do PIB de 2010 serão divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) somente em março deste ano.
Desaceleração ao longo do ano
Os números do IBC-Br mostram uma desaceleração do ritmo de crescimento ao longo de 2010. No acumulado de janeiro a novembro deste ano, dados do BC revelam que o crescimento da economia brasileira ficou em 8,17% contra igual período do ano passado.
No acumulado de janeiro a outubro, a taxa de expansão estava em 8,48% sobre o mesmo período de 2009. Até setembro, a expansão somava 8,84%, contra 9,65% até julho e 10,29% nos cinco primeiros meses deste ano (até maio). De janeiro a abril, a expansão somava 10,5%
IBC-Br
O IBC-Br é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) e ajudar a autoridade monetária na definição da taxa básica de juros (Selic). O Banco Central explicou que o IBC-Br “constitui uma medida antecedente da evolução da atividade econômica”.
Antes divulgado por estados, e por regiões, desde o início deste ano o indicador passou a ser calculado com abrangência nacional. O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além dos impostos.
“A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores da economia acrescida dos impostos sobre produtos, que são estimados a partir da evolução da oferta total (produção+importações)”, explicou o Banco Central, por meio do relatório de inflação de março.
Definição dos juros
O IBC-Br é uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central para definir a taxa básica de juros da economia brasileira. Atualmente, os juros básicos estão em 11,25% ao ano. A taxa foi elevada na reunião do Copom de janeiro em 0,5 ponto percentual para controlar as pressões inflacionárias. A previsão dos economistas dos bancos é de que os juros subirão para até 12,5% ao ano em 2011.
Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), a previsão do mercado para 2011 está em 5,75%. Deste modo, a estimativa dos analistas ainda está acima da meta central de inflação de 4,5% para este ano, mas dentro do intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo (entre 2,5% e 6,5%).
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