Pesquisa revela que classe C ainda viaja pouco

As classes A e B ainda são as principais consumidoras de turismo no Brasil. A classe C, embora emergente, ainda não faz parte do grupo que viaja com frequência. É o que revela pesquisa divulgada nesta quinta-feira (20), no 39º Congresso Nacional de Agências de Viagens da Feira das Américas – Abav 2011. O estudo […]

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As classes A e B ainda são as principais consumidoras de turismo no Brasil. A classe C, embora emergente, ainda não faz parte do grupo que viaja com frequência. É o que revela pesquisa divulgada nesta quinta-feira (20), no 39º Congresso Nacional de Agências de Viagens da Feira das Américas – Abav 2011. O estudo inédito, realizado com leitores da Revista Viagem e Turismo, é uma parceria entre a Editora Abril e o Ibope Inteligência, com apoio da CNC (Confederação Nacional do Comércio).

“A pesquisa retrata a opinião de um público que viaja. O leitor da Viagem e Turismo representa 80% do leitor do mercado de revista”, explica Caco de Paula, editor do Núcleo de Turismo da Editora Abril. Segundo ele, as informações permitem compor um retrato aprofundado do turista brasileiro de hoje, incluindo segmentação por perfil demográfico e sócio-cultural.

A pesquisa revela um turista que viaja duas vezes por ano, em média. Porém 41% viajam três vezes ou mais no período. Cerca de um terço tem entre 31 a 40 anos e 48% pertencem à classe A e 47% à classe B. A classe C aparece com 4% dos brasileiros que viajam. “Isso mostra que o produto que a classe C está buscando o país ainda não oferece”, disse de Paula.

Entre os entrevistados, 81% já viajaram para o exterior e destinos de praia, e as grandes cidades lideram a preferência dos viajantes. Nos últimos cinco anos, 94% viajaram de avião, 82% hospedaram-se em hotéis, 73% compraram pacotes turísticos e 57% alugaram automóveis.

O diretor de Estudos e Pesquisas do Ministério do Turismo, José Francisco de Salles Lopes, explica que o estudo foi realizado com um público qualificado. E que os dados relacionados à classe C revelam que o turismo doméstico ainda tem grande potencial de crescimento. Um desafio, segundo ele, para os agentes de viagens presentes à divulgação da pesquisa.

A sondagem, realizada entre junho e setembro deste ano, ouviu mais de 10 mil pessoas em 17 estados e no DF. Elas opinaram sobre destinos, serviços e estabelecimentos. Um universo com 1,2 mil variáveis, entre perfil, hábitos de viagem e avaliação de concorrentes.

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