Os partidos que mantêm estruturas fora do Congresso Nacional pagam um aluguel 75% mais caro do que as agremiações partidárias que funcionam dentro da Câmara e do Senado. Essa é a conclusão de levantamento com base nos seis maiores partidos, segundo suas bancadas no Legislativo.

Apesar da diferença, decisão do Tribunal de Contas da União entendeu que o valor dos aluguéis cobrados pelo Congresso era compatível com os do mercado imobiliário de mesmo padrão de construção. O acórdão serviu de base para arquivamento de investigação do Ministério Público sobre o uso das salas do Legislativo sem licitação por parte dos partidos políticos

Quem está com um pé no Congresso paga, em média, R$ 28,21 por metro quadrado ocupado todos os meses. Enquadram-se nessa situação PMDB, DEM, PP e a fundação do PSDB, o Instituto Teotônio Vilela. A média seria de R$ 32,76 por metro quadrado se uma das unidades do PMDB, a Presidência, não estivesse sem pagar aluguel há mais de dois anos, como mostrou o Congresso em Foco. O PMDB é o partido que menos gasta, proporcionalmente aos outros, para manter sua presidência, tesouraria e fundação.

Quem está fora do Legislativo, nas áreas comerciais de Brasília, paga 75% a mais, ou R$ 49,42 por metro. Enquadram-se nessa situação, o PT, o PR e a sede do PSDB. Apesar de ocuparem áreas maiores que os partidos dentro do Congresso, as legendas não conseguiram barganhar preços por metro quadrado menores. Corretores de imóveis ouvidos pelo site informaram que espaços mais amplos permitem obter uma redução no valor unitário das salas comerciais de Brasília.