Parcelamento de débitos do IPVA agrada a população nas ruas de Campo Grande

Após derrota da base governista na Assembleia, o projeto de lei foi aprovado na CCJR e segue para a 2ª votação; o governador Puccinelli já anunciou que deve barrar o parcelamento do IPVA

Unanimidade na Assembleia Legislativa, o projeto de lei que autoriza o parcelamento de débitos vencidos do IPVA é visto de forma positiva por proprietários de veículos e motocicletas.

Ed Aparecido Carlos acha que o parcelamento é viável. “Para fazer o pagamento à vista está um pouco difícil e assim, pelo menos regulariza”.

Para Carlos, o parcelamento irá contribuir com a arrecadação do imposto. “Se facilitar para pagar vai pagar, mas agora, se não facilitar ficará em débito e não vai nem receber, nem ganhar nada. Ficará parado o débito”.

Militão Renovato Pires, proprietário de uma motocicleta, acredita que o projeto é favorável à população. “Acho bom. Ajuda na quitação do débito e na regularização. Mas eu acredito que quem tem seu veículo não deve deixar atrasar, precisa estar em dia”.

Também proprietário de veículo, Antônio Roberto destacou que é necessário o parcelamento. “Tem muita gente que não consegue pagar. O governo está errado em vetar um projeto como este”.

O mototaxista Aguenelo Martins do Nascimento contou que já passou pela situação e o veículo foi a leilão. “Acho que vai ajudar. Na época em que passei por isso, se posse permitido o parcelamento, eu teria quitado o débito”.

Nascimento acredita que os proprietários vão buscar o órgão competente para fazer o parcelamento. “As despesas são muito altas e às vezes a pessoa não consegue pagar, mas o parcelamento é válido, inclusive para documentos”.

Premiação

O comerciante Ari Couto, proprietário de veículo, acha que o parcelamento é negativo. “Terrível. Precisa ser igual para todos e, se eu tenho a obrigação de pagar em dia meus impostos, os outros também”, indagou.

Para Couto, o parcelamento não reduzirá a arrecadação. “Reduzir não vai, mas será uma premiação para os maus pagadores”, avaliou.

Cibélia das Graças Silva contou que ficou 12 anos com uma motocicleta e circulava por toda a cidade. “Nunca paguei o IPVA e as pessoas me falavam que eu poderia ficar sem a moto”.

De acordo com Cibélia, a moto foi levada para o Detran e ela nunca foi ver a situação. “Se fosse mais barato, mas tudo é caro. O salário não dava e nesses impostos às vezes a gente nem sabe o que está pagando”. E acrescentou: “Agora estou pagando um consórcio e vou tirar uma moto zerinho, dessa eu vou ter que pagar”.