As mulheres e filhos de Osama bin Laden que estão detidos no Paquistão só serão repatriados quando tiverem autorização de uma comissão governamental que investiga a morte do líder da Al Qaeda, segundo nota divulgada pela própria comissão na terça-feira, após a sua primeira reunião.
Dezesseis pessoas, inclusive três esposas e vários filhos de Bin Laden, foram presas pelas forças paquistanesas depois que soldados dos EUA mataram o militante de origem saudita em 2 de maio, na localidade de Abbbottabad.
As autoridades locais já haviam dito que as mulheres – uma iemenita e duas sauditas – serão repatriadas. Mas, em nota, a comissão disse ter orientado o Ministério do Interior e o ISI (serviço de inteligência) a aguardar sua autorização para isso.
O governo criou essa comissão de investigação, comandada por um juiz de alto escalão, no mês passado, em resposta a indignação popular com a ação militar norte-americana, vista por muitos no país como uma violação à soberania paquistanesa.
O Paquistão, no entanto, tem um longo histórico de inquéritos sem resultados, às vezes devido a interferências do próprio serviço de inteligência.
A próxima reunião da comissão será na semana que vem.