Paciente pede ajuda a jornal com medo de ter perna amputada em hospital público de MS

“Me ajude, façam alguma coisa pela gente pelo amor de Deus”, disse a mulher. Ela fraturou a perna em dois locais e ainda não teria sido operada por falta de uma furadeira.

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“Me ajude, façam alguma coisa pela gente pelo amor de Deus”, disse a mulher. Ela fraturou a perna em dois locais e ainda não teria sido operada por falta de uma furadeira.

Paciente do Hospital Regional Dr. José de Simone Neto, de Ponta Porã, procurou a imprensa da cidade na tarde desta sexta-feira (28) para pedir socorro. Aparecida Lourenço disse que deu entrada no hospital na última segunda-feira (24) por ter fraturado a perna em dois locais, após sofrer um acidente, e que desde então não foi operada e que já não aguenta tanta dor.

“Me ajude, façam alguma coisa pela gente pelo amor de Deus”, disse a mulher, segundo reportagem do site Mercosul News.

A matéria diz que até o momento a paciente não foi operada porque o hospital não tem furadeira para realizar o procedimento. Este não é o primeiro caso noticiado na imprensa em que o hospital deixa de fazer procedimentos cirúrgicos por falta do equipamento. Em 19 de outubro, o Midiamax publicou uma matéria onde uma paciente do mesmo hospital precisou atravessar a fronteira para poder ter atendimento.

Aparecida Lourenço disse na reportagem que tem questionado o médico e enfermeiros da unidade, mas que até agora ninguém deu solução para o caso. “Eles dizem não há nem previsão para realização da cirurgia”, revelou a paciente.

Lourenço disse que está com medo de perder a perna e denuncia que na unidade há outras pessoas correndo o mesmo risco. “Estamos na maca, na enfermaria, tem um menino aqui que também está com a perna quebrada”, protestou.

Sobre a possibilidade de ser transferida para outra unidade médica ou para outro município para fazer a cirurgia, Aparecida disse que não a liberam do hospital. “Não resolvem o problema e também não me mandam para frente, para outra cidade, enquanto isso fico aqui correndo este risco, não sabemos mais o que fazer, precisamos que nos ajudem”.

Uma equipe de reportagem do Jornal da Praça foi no final da tarde de ontem ao hospital regional apurar o problema. Entretanto, segundo a matéria, os atendentes disseram que a diretora administrativa, Arminda Maria de Oliveira, já havia ido embora. O diretor clínico, Dr. Cirilo González González também não estava no local.

A reportagem tentou falar com o secretário municipal de Saúde, Josué da Silva Lopes, mas não conseguiu contato. O secretário não retornou os recados deixados pela equipe.

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