ONU apela ao governo Khadafi para suspender combates

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, apelou hoje (11) às autoridades da Líbia para que suspendam os combates, em Misrata, e no restante do país. Segundo Ki-moon, o momento é de busca pelo diálogo. O secretário-geral pediu ainda que o governo líbio autorize a entrada de ajuda humanitária nas áreas afetadas […]

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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, apelou hoje (11) às autoridades da Líbia para que suspendam os combates, em Misrata, e no restante do país. Segundo Ki-moon, o momento é de busca pelo diálogo. O secretário-geral pediu ainda que o governo líbio autorize a entrada de ajuda humanitária nas áreas afetadas pelos confrontos. “Eu disse [ao primeiro-ministro líbio, Al Baghdadi Ali Al Mahmudi] que as autoridades líbias deviam parar de atacar os civis”, afirmou.

Para Ban Ki-moon, “era necessário negociar um cessar-fogo imediato e verificável para permitir uma resolução pacífica do conflito”. “Os combates em Misrata e em outros locais devem chegar ao fim”, disse ele. “Então será possível continuar com a assistência humanitária e em paralelo prosseguir o nosso diálogo político.”

Ki-moon lembrou que um enviado especial das Nações Unidas esteve seis vezes na Líbia para verificar a situação no país. “Estou fazendo tudo para progredir na coordenação com a União Africana e outras coligações”, disse ele.

Paralelamente, a União Europeia informou hoje que abrirá um escritório em Benghazi, Líbia, para dar apoio à oposição ao governo do presidente líbio, Muammar Khadafi. A informação foi confirmada pela chefe da Diplomacia do bloco, Catherine Ashton.

“Temos a intenção de abrir um escritório em Benghazi a fim de poder avançar na questão da ajuda e apoio à sociedade civil e ao Conselho de Transição [órgão controlado pela oposição a Khadafi]”, disse Catherine.

A chefe da diplomacia europeia afirmou que a decisão tem o objetivo de apoiar a reforma do setor da segurança e de encaminhar ajuda em matéria de saúde, educação e segurança das fronteiras.

O anúncio europeu ocorre no momento que o líder líbio Mahmoud Jabril se encontra em Washington, nos Estados Unidos.

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