Número dois da Fazenda nega novas medidas para barrar entrada de dólares

O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, negou nesta terça-feira (23) que o governo estude a adoçãode novas medidas na área cambial. Segundo ele, o momento é de acompanhar as medidas já implementadas “para evitar a entrada de capital especulativo de modo a impedir a apreciação excessiva do real”. Ele admitiu que a […]

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O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, negou nesta terça-feira (23) que o governo estude a adoçãode novas medidas na área cambial. Segundo ele, o momento é de acompanhar as medidas já implementadas “para evitar a entrada de capital especulativo de modo a impedir a apreciação excessiva do real”.

Ele admitiu que a crise econômica mundial, os problemas relativos ao patrimônio dos bancos e a necessidade de se estimular a recuperação econômica dos países desenvolvidos têm efeito sobre o resto do mundo, especialmente países emergentes como o Brasil, cujo taxa de câmbio é muito atrelada à cotação dos produtos básicos agrícolas e minerais (commodities).

“Mas a gente já tem lidado com isto de várias formas e o Brasil tem colocado limites às posições em moeda estrangeira, seja por parte dos bancos ou dos agentes financeiros. E temos adotado tributações sobre alguns fluxos de capitais para diminuir o incentivo à apreciação do real”, explicou Barbosa.

As declarações do secretário executivo foram dadas após participar de um seminário no Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Na ocasião, ele manifestou a crença de que o governo conseguirá cumprir a meta de inflação traçada pelo Banco Central. “Eu acho que a meta será cumprida ainda este ano e que ela ficará abaixo de 6,5%. Já no próximo ano, a inflação vai convergir para 4,5%. Pelo menos é o que indicam os últimos boletins do Banco Central: que ela venha a convergir para perto de 4,5% já no meio do ano [que vem]. A partir daí há uma incerteza: se permanece em 4,5% ou se sobe um pouco. Mas eu acho que ela [a inflação] converge para os 4,5%”.

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