O deputado federal e ex-jogador Romário de Souza Faria (PSB-RJ) atendeu a pedidos de aparte de nove deputados durante seu primeiro pronunciamento no plenário da Câmara, nesta quinta-feira (10). Romário falou por cerca de 20 minutos. No discurso, ele disse que as prioridades de seu mandato são o esporte e a atenção às pessoas com deficiência.

O primeiro deputado a pedir aparte foi do colega de partido Jonas Donizetti (PSB-SP), que fez um relato da vida do ex-jogador, enaltecendo a vida do pai de Romário.

“Eu tenho certeza de que seu pai, esteja onde estiver, alegra-se muito ao ver vossa excelência assumir a tribuna nesta Casa”, disse.

Por se estender em sua interrupção, Donizetti acabou sendo advertido pelo deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), que presidia a sessão.

“Quero dizer aos nobres pares que o aparte é uma breve interrupção do orador sobre determinada matéria. Não pode ser um discurso paralelo. É preciso ter muito cuidado, porque, senão, roubam-se os 25 minutos do orador”, afirmou Oliveira.

Todos parabenizaram o discurso de Romário, lembraram de sua trajetória nos campos e desejaram sorte ao deputado ao longo do mandato.

O deputado Renan Filho (PMDB-AL), também estreante na Câmara, disse que o ex-jogador iria trazer à Câmara “os holofotes positivos” de que a Casa precisa.

Em seu aparte, o deputado Márcio Macêdo (PT-SE) disse que falaria porque antes dele tinham se manifestado um vascaíno e um torcedor do Fluminese. “Agora, fala flamenguista, para não perdermos por W.O.”, afirmou. Ele também desejou sorte a Romário.

Romário ainda concedeu apartes aos deputados Júlio Delgado (PSB-MG), Domingos Neto (PSB-CE), José Airton (PT-CE), Onofre Santo Agustini (DEM-SC), Ana Arraes (PSB-PE) e Valtenir Pereira (PSB-MT).

Discurso

Romário afirmou em seu discurso que ficou nervoso no primeiro pronunciamento, mas que está acostumado com a crítica.

“Em mais de 20 anos de carreira como jogador, me acostumei a conviver com a crítica, nem sempre construtiva. Sei que assim, como muitos me apoiam, todos têm o direito de me criticar. Serei cobrado como deputado, talvez até mais quando defendi a camisa da seleção brasileira ou dos clubes por onde passei”, disse. “Pretendo continuar a oferecer aos críticos e aos descrentes a minha melhor resposta: o meu trabalho.”

O deputado disse ainda que sentia orgulho em poder ajudar o esporte nacional na Câmara.

“Nunca me considerei um atleta, mas desde cedo me envolvi com futebol, esporte que me trouxe grandes desafios, conquistas inesquecíveis, alegrias sem tamanho. Nesse sentido, foi com prazer que votei pela aprovação da medida provisória nº 502, que cria a Bolsa-Atleta para as categorias de base e para os esportistas de ponta, um passo importante para o futebol nacional.” A MP foi a votação nesta quarta-feira na Câmara.