Vários outdoors foram colocados nesta semana em diferentes pontos de Nova Andradina solicitando a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar um suposto desvio de dinheiro do Fundo Municipal de Saúde (FMS).

Entidades como Aprobéns; Grêmio Estudantil do IFMS; Centro Acadêmico/ADM da UFMS; empresário Edilson do Gáz e o Diretório do Municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) aparecem com os mentores dos outdoors espalhados pela cidade.

Entre o Paço Municipal e o Parque de Exposições Henrique Martins, quatro outdoors foram vistos nesta terça-feira; outro se encontra a menos de 100 metros do prédio onde funciona o Poder Legislativo, na avenida Alcides Menezes de Faria.

O outdoor que tem como responsável o diretório do PT esta instalado na rua José Taveira de Souza. Antes dos outdoors, vários cartazes pedindo pela instalação da CPI já haviam sido colocados em vários lugares, como postes e lixeiras ao longo da Moura Andrade.

O movimento em prol da instalação da CPI da Saúde na Câmara Municipal aumentou depois que o vereador Vicente Lichoti, do PT, tentou por duas ocasiões sem êxito durante as sessões da casa, obter mais duas assinaturas para que o requerimento pudesse entrar em votação em plenário.

O presidente do legislativo, vereador Adriano Palopoli, agora no PSD, disse recentemente durante uma entrevista coletiva que é favorável à CPI, mas até o momento ele não assinou o requerimento.

E o prefeito Gilberto Garcia (PMDB), disse durante entrevista na Rádio Excelsior que não vê necessidade de CPI no Legislativo, pois o Ministério Público Estadual (MPE) e a de Nova Andradina já estão investigando o caso. Ele disse ainda que o vereador Vicente Lichoti está sendo oportunista.

Entenda o caso

O assunto CPI da saúde veio à tona após uma carta registrada em um cartório de Batayporã, assinada pelo funcionário público (afastado por 90 dias) Reginaldo Fernandes Cavalcanti ter virado pauta para matérias em alguns órgãos de imprensa da cidade no mês de agosto.

Na carta, assinada por Reginaldo Cavalcanti, ele acusa o ex-secretário de saúde Norberto Fabri Junior e os atuais, José Carlos Paiva (Tito Jose) e Umberto Canesque, saúde e administração respectivamente de serem favorecidos no “esquema”. Todos os nomes citados na matéria foram procurados e negam a participação e prometem acionar a justiça por dano moral contra o denunciante.

De acordo com o secretário Tito José, assim que tomou conhecimento do caso, ele próprio procurou a Polícia Civil para registrar uma ocorrência contra o Reginaldo. Segundo Tito, a denúncia também foi protocolada no Ministério Público. Tito disse ainda ao site que não tem medo de CPI e não vê necessidade para que a mesma seja instalada na Câmara Municipal. O secretário disse ainda ao site Nova Notícias que protocolou na justiça, através de seu uma ação por dano moral contra o funcionário Reginaldo Cavalcanti.