O prefeito (PMDB) afastou qualquer hipótese de renunciar ao mandato antes das eleições de 2012 para favorecer a eventual candidatura de seu irmão, o deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB), à sucessão municipal. A declaração foi dada durante entrevista coletiva na Câmara de Vereadores na manhã desta quarta-feira (2), onde o prefeito leu a mensagem do executivo na reabertura dos trabalhos do legislativo.

“Se o Marquinhos quiser ser prefeito, vai ter que esperar outras eleições depois de 2012”, disse.

Entretanto, de acordo com a Súmula nº 6 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), são inelegíveis para o cargo de prefeito o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau do titular do mandato, ainda que este haja renunciado ao cargo há mais de seis meses do pleito.

Nelsinho também comentou sobre a especulação sobre pré-candidatos do partido, como Carlos Marun e Paulo Siufi, ou de políticos ligados ao governador André Puccinelli, como o deputado federal Edson Giroto (PR). O prefeito garantiu que a escolha será feita por meio de entendimento entre o grupo dele e o do governador, e que haverá pesquisas internas – qualitativas e quantitativas – para apontar o melhor nome à sucessão.

“O grupo Nelsinho-André será o responsável direto por essa escolha, e iremos eleger juntos o sucessor em 2012”, afirmou. O prefeito lembrou que, à época em que concorreu pela primeira vez, teve de passar por todos os crivos do partido, e ele não vê motivos para mudar essa regra agora.

Questionado sobre um possível hiato na vida política entre 2012, quando deixa a prefeitura, e 2014, quando ocorrerão as próximas eleições ao governo estadual, Nelsinho disse que poderá retomar as atividades profissionais como médico ou mesmo tornar-se consultor político, proferindo palestras pelo interior.