Músicos de jazz latino processam organização do Grammy

Os músicos Bobby Sanabria, Mark Levine, Ben Lapidus e Eugene Marlow processaram a organização dos prêmios Grammy por ter eliminado a categoria Jazz Latinos que concede anualmente. ‘O que pedimos é a restituição da categoria de jazz latino, não queremos indenização’, disse nesta terça-feira à Agência Efe o advogado Roger Maldonado, que representa o grupo […]

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Os músicos Bobby Sanabria, Mark Levine, Ben Lapidus e Eugene Marlow processaram a organização dos prêmios Grammy por ter eliminado a categoria Jazz Latinos que concede anualmente.

‘O que pedimos é a restituição da categoria de jazz latino, não queremos indenização’, disse nesta terça-feira à Agência Efe o advogado Roger Maldonado, que representa o grupo de músicos.

O processo apresentado na segunda-feira perante a Corte Suprema em Manhattan é restrita ao jazz latino já que os litigantes são músicos desse gênero e não podem representar as 32 categorias que também foram eliminadas da premiação, informou o advogado.

No entanto, Sanabria e Levine estão enviando cópias do processo a músicos de outras categorias afetadas com a decisão da Academia, incentivando-os a apresentar também uma ação legal contra a organização.

A Academia anunciou em abril que reduziria de 109 para 78 o número de prêmios que serão entregues em seu evento anual, começando a partir da próxima cerimônia dos Grammy em fevereiro. Esta é a primeira grande reforma desde sua criação em 1959.

Em junho, o músico de origem porto-riquenha Bobby Sanabria anunciou sua intenção de processar à organização dos Grammy, presidida pelo Neil Potnow, depois de infrutíferos tentativas por parte dos artistas para que a Academia restituísse todas as categorias.

Para Sanabria, a decisão de eliminar as 33 categorias, e que os músicos insistem que ainda desconhecem, ‘é racista e injusta’.

Maldonado disse que a Academia tem até 30 dias para responder ao processo e também pode pedir a rejeição desse recurso legal.

O advogado destacou que muitas vezes o processado pede ao tribunal uma extensão no número de dias para contestar, e geralmente a reivindicação é concedida.

Além disso, ele acrescentou que não pediram à corte que a ocorrência seja analisada com urgência porque ‘para prevalecer no caso é necessário ter todos os fatos e nesta questão é a Academia que sabe o que aconteceu, o motivo para eliminar as categorias’.

‘Não sabemos por que fez isso’, disse Maldonado que acrescentou que os músicos esperam descobrir quando a organização responder o processo.

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