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Mulher é maioria na oitava edição do “Se Essa Rua Fosse Minha”

Quem disse que trabalho pesado é para homem está redondamente enganado. Em Corumbá, o projeto “Se Essa Rua Fosse Minha” prova que mulher também tem vez no mercado de trabalho da construção civil que, até bem pouco tempo atrás, era restrito ao sexo masculino. Nesta oitava edição do programa, 90% dos participantes, os chamados calceteiros, […]
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Quem disse que trabalho pesado é para homem está redondamente enganado. Em , o projeto “Se Essa Rua Fosse Minha” prova que mulher também tem vez no mercado de trabalho da construção civil que, até bem pouco tempo atrás, era restrito ao sexo masculino. Nesta oitava edição do programa, 90% dos participantes, os chamados calceteiros, são mulheres. Elas totalizam 48 entre um grupo de 55 pessoas que estão concluindo o curso de confecção e assentamento de lajotas, ministrado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

O curso ministrado pelo Centro de Educação Tecnológica (CETEC) do Senai, segundo o gerente Marcos Antônio da Costa, é o mesmo oferecido em outras unidades da instituição no Brasil. É uma oportunidade de aprendizado, aumentando a possibilidade de encontrar um lugar no mercado de trabalho da construção civil, um setor em franca expansão no município e que, cada dia mais, oferece oportunidade ao público feminino.

O gerente revela que “muitas empreiteiras preferem contratar mulheres. Em algumas tarefas, elas são mais caprichosas e empenhadas que os homens. Esta é a vez de vocês. Tenham perseverança até o final do programa que, com certeza, serão recompensados por isso”. O incentivo de Marcos Antônio é levado à risca pelas participantes do projeto que encaram o serviço, que estão prestes a iniciar, com naturalidade.

Os sete homens integrantes do grupo não se intimidam com o fato de serem minoria. Encaram com naturalidade até mesmo no momento em que a Prefeitura de Corumbá iniciou uma nova etapa do programa, por meio de oficinas de artesanato. Produzir o fuxico, uma bijuteria que pode gerar renda, também poderia ser coisa para mulher. A primeira aula de produção artesanal, no Bairro Guató, contou com a participação de três homens.

Interessados, participaram de forma ativa, inclusive o mais velho deles, Paulo Silva Munhoz, 42 anos, desempregado. Ele foi o primeiro a se levantar e atender um pedido da instrutora da capacitação, Naudilene Ojeda (Chanduquinha), que convidou um dos alunos para cortar o tecido, primeiro passo para iniciar a produção do fuxico. “É bom a gente participar desse curso de artesanato, importante para gerar renda”, observou. O fato de integrar um grupo onde a maioria é mulher, não inibe o calceteiro. Ele destaca o curso que está fazendo no Senai, “bom para aprender mais alguma coisa com um professor que esta nos ensinando muito”, e que agora, está tendo oportunidade de novos aprendizados.

Paulo Munhoz não demonstrou nenhum constrangimento à frente das suas colegas de curso ao cortar o tecido para iniciar a produção do fuxico. Muito pelo contrário. Demonstrou até técnica, revelando mais tarde, ser um exímio artesão, com o dom da arte de produzir redes “próprias para você colocar na varanda de sua casa e descansar”. Ele próprio fez questão de mostrar uma peça que buscou em casa. Foi elogiado pelos presentes e por Chanduquinha, conhecedora da arte, já que seu pai, Chanduca, é um exímio produtor de redes daquele tipo, além de outros produtos artesanais.

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