MPF recomenda suspender matrículas de alunos de mobilidade acadêmica da UFGD

A UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) pode ter funcionários respondendo por improbidade administrativa caso não acate a recomendação feita pelo MPF (Ministério Público Federal). Para o órgão, a mobilidade interna feita por cinco estudantes de nutrição para medicina e seis de relações internacionais para direito é ‘fraudulenta’. Segundo o MPF, as vagas oferecidas aos e…

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A UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) pode ter funcionários respondendo por improbidade administrativa caso não acate a recomendação feita pelo MPF (Ministério Público Federal). Para o órgão, a mobilidade interna feita por cinco estudantes de nutrição para medicina e seis de relações internacionais para direito é ‘fraudulenta’.

Segundo o MPF, as vagas oferecidas aos estudantes não eram ociosas, mas sim reservadas pela universidade com a diminuição de oferta de vagas no vestibular. A filha de um dos servidores da universidade pode ter sido beneficiada pelo sistema. Ela fazia nutrição e passou no processo interno para medicina. A universidade tem 48 horas para cumprir a decisão sob pena de sofrer processo civil e administrativo.

Segundo informações, um aluno de medicina, teria ido ao Ministério Público fazer a denúncia. Para alguns alunos da medicina o processo de mobilidade interna da universidade é ‘fácil’. Porém alunos da nutrição que fizeram processo de mobilidade, com o Edital PROGRAD nº 21/2011, não concordam com isso. “Pra mim foi muito mais desgastante o processo de mobilidade interna que o vestibular”, afirma uma das estudantes que conseguiu passar no processo.

A estudante que não quis se identificar, afirma que já teria feito a matrícula, mas que o diretor da faculdade de medicina orientou ela que não fizesse a matricula nas disciplinas. Segundo ela o processo não é simples: “Tive que tirar 10 todas as matérias do curso de nutrição. Tinha que ser a melhor da turma em tudo”. A universitária, que já havia passado em medicina em outra universidade federal fora do estado, conta que devido à situação financeira da família não pode se mudar para fazer o curso em outro estado. “Não tenho pais ricos. Estudei a vida inteira em escola pública, nunca fiz cursinho”, afirma a estudante.

A estudante afirma ainda, que a filha do servidor não foi privilegiada em momento algum. “Fazia os trabalhos com ela. Ela se esforçou muito, ralou bastante. Não é justo afirmar isso”. As cinco devem procurar a assistência de um advogado amanhã.

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