O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento enviou hoje (29) os laudos de inspeção de 15 estabelecimentos, exigidos pelo Serviço Federal de Fiscalização Sanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor). A troca de documentos técnicos entre os dois países intensificou-se desde o final de maio deste ano, quando a Rússia comunicou a das importações de carne de três estados brasileiros: Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul.

O ministério informou que foram feitas em estabelecimentos, tais como frigoríficos, entrepostos, armazéns e unidades de processamento, de oito estados, incluindo os três embargados integralmente. No entanto, os russos solicitaram laudos de mais 56 plantas que também estão proibidas de exportar para a Rússia.

Segundo o ministério, a expectativa é a de que as autoridades russas suspendam o embargo a essas unidades antes de novembro, quando uma missão daquele país vem ao Brasil, já que os produtores brasileiros estão cumprindo os compromissos assumidos e tomando todas as medidas necessárias.

Atualmente, apenas um frigorífico de carne suína está habilitado para exportar para a Rússia sem restrições, situação bem diferente da de 2010, quando o país representava o principal destino desse tipo de carne produzida no Brasil. De acordo com os dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, referentes ao ano passado, a Rússia é o principal mercado das carnes bovinas e suínas brasileiras e o sétimo destino de carnes de aves. O Brasil é responsável pela produção de 35% das importações russas de carne suína, 45% de carne bovina e 19% de carne de aves.

No ano passado, as vendas de carnes nacionais para a Rússia totalizaram US$ 2 billhões. Dos 249 estabelecimentos habilitados a exportar para aquele país antes dos embargos, atualmente apenas 88 podem embarcar seus produtos para a Rússia.