Mercado de trabalho impulsiona procura por CNH na Capital

Tirar carteira de motorista deixou de ser uma obrigação de quem comprou um carro ou uma motocicleta; hoje, a preocupação é outra: emprego. Aqui em MS, ao menos 30 pessoas foram habilitadas por dia no passado

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Tirar carteira de motorista deixou de ser uma obrigação de quem comprou um carro ou uma motocicleta; hoje, a preocupação é outra: emprego. Aqui em MS, ao menos 30 pessoas foram habilitadas por dia no passado

Na corrida constante do mercado de trabalho, a qualificação profissional é a pioneira na desclassificação de pessoas despreparadas. Para crescer dentro de uma empresa, ganhar uma promoção salarial ou conseguir um emprego a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) pode ser a porta de entrada em alguns cargos.

Segundo dados estatísticos do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/MS) ao menos 10 mil pessoas tiram a CNH por ano aqui no Estado .

Em julho de 2008, a resolução 285 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) decidiu aumentar a carga horária das aulas práticas e teóricas o que, em consequência, deixou o processo mais caro a partir de janeiro de 2009. Tal mudança ocasionou em uma corrida para fazer a primeira habilitação até dezembro de 2008.

Desde 2007, os números de expedição de CNHs têm aumentado consideravelmente. Em 2008 foram 12.089, em 2009 o número chegou a 16.611 devido a resolução 285 e em 2010 foram 11.916 (sem o mês de dezembro) novas pessoas habilitadas.

Porém, o documento nacional que permite a pessoa dirigir não é barato, em média na cidade de Campo Grande, custa entre R$ 500 e R$ 900, dependendo do número de aulas, o valor muitas vezes pouco acessível, pode ser barateado por autoescolas que através de descontos e parcelamento, deixam o valor mais acessível ao trabalhador.

Por não ter habilitação, o trabalhador Odisley Jaime Manaca, de 23 anos, perdeu duas promoções na empresa em que trabalha. Ele diz que ainda não havia feito a CNH por não ter condições de pagar o valor cobrado, mas em 2011 resolveu encarar as aulas teóricas e práticas e quem sabe, subir de cargo.

Já Liliana de Matos Silva, de 29 anos é proprietária de uma microempresa e não tem habilitação. Ela diz que sentiu necessidade de dirigir para poder cumprir com seus compromissos e fazer serviços na rua. “Em casa só meu marido que dirigi e como ele trabalha o dia inteiro não pode ficar me levando nos lugares”, explica Liliana.

Renan de Brito Nogueira, de 20 anos, diz estar fazendo a sua habilitação, pois pretende comprar um carro. “Por questões de praticidade e também de comodidade eu quero comprar um carro logo, além disso, posso usar a habilitação para arrumar um emprego melhor”, destaca.

 

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