Médicos de Lula descartam cirurgia

Em entrevista coletiva nesta manhã, a equipe médica do Hospital Sírio-Libanês descartou a necessidade de intervenção cirúrgica no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A equipe, que acompanha o tratamento, baseou-se na biópsia realizada no material coletado sábado (29), que confirmou que o tumor  é do tipo mais comum, está em estágio intermediário e tem agressividade média. […]

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Em entrevista coletiva nesta manhã, a equipe médica do Hospital Sírio-Libanês descartou a necessidade de intervenção cirúrgica no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A equipe, que acompanha o tratamento, baseou-se na biópsia realizada no material coletado sábado (29), que confirmou que o tumor  é do tipo mais comum, está em estágio intermediário e tem agressividade média.

“Não há cirurgia no cronograma de tratamento, somente se o tumor não responder bem à quimioterapia, pode ser feita a cirurgia para preservar a voz de Lula, mas pela localização do tumor, ele tem grandes chances de não precisar da operação”, disse o Dr. Paulo Holff.

Somente se o tumor não responder bem à quimioterapia poderá ser feita a cirurgia. Serão necessários dois ciclos de quimioterapia, que devem durar 40 dias, antes que se avalie o sucesso do tratamento.

Lula terá colocado um cateter através do qual os medicamentos serão inseridos em seu organismo, pelo período de 21 dias, quando outras duas novas dosagens, pelo mesmo método, serão aplicadas. Outro medicamento será aplicado ao longo das próximas 120 horas, por meio de uma sonda, sem necessidade de internação. Entre a segunda e terceira sessão haverá uma avaliação médica.

“A fase de maior risco são nos dois primeiros anos. Depois de cinco anos, poderemos falar que o paciente está curado desse tipo de câncer”, disse o médico Luiz Paulo Kowalski, durante coletiva.

O câncer da laringe

O câncer da laringe apresenta alta incidência, com um índice de 17,8 casos por 100.000 habitantes e taxa de mortalidade de 7,4.

Aproximadamente 6.600 novos casos de câncer da laringe são registrados por ano no Brasil, representando algo em torno de 5% de todos os novos casos de câncer. Cerca de 3.500 mortes decorrentes dessa doença são registradas por ano. O câncer da laringe está intimamente relacionado ao tabagismo e ao consumo de álcool, afetando, em sua maioria, indivíduos do sexo masculino, entre os 50 e 70 anos.

 

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