Medicina da UFGD terá professor da New York University

Após participar do II Simpósio de Neurociências da Grande Dourados, realizado nos dias 22 e 23 de setembro, o Prof. Dr. Edward Ziff, chefe do Laboratório de Bioquímica da Faculdade de Medicina da New York University, aceitou a proposta de ser professor convidado da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Edward Ziff irá ministrar a […]

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Após participar do II Simpósio de Neurociências da Grande Dourados, realizado nos dias 22 e 23 de setembro, o Prof. Dr. Edward Ziff, chefe do Laboratório de Bioquímica da Faculdade de Medicina da New York University, aceitou a proposta de ser professor convidado da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).

Edward Ziff irá ministrar a disciplina de Neurociências, no curso de Medicina, em conjunto com a Profa. Dra. Elisabete Castelon Konkiewitz, da Faculdade de Ciências da Saúde da UFGD, além de orientar os alunos em projetos de pesquisa na área.

O professor contou que gostou muito do entusiasmo e potencial dos estudantes e ficou animado com a possibilidade de poder ensiná-los. Também disse estar otimista com a iniciativa e que esse intercâmbio de conhecimentos com o Brasil será um contato revigorante, um novo impulso criativo para as suas atividades científicas.

Dentro da disciplina, Edward Ziff terá foco em Neurociência Básica e Elisabete Castelon Konkiewitz em Neurociência Clínica. Essa parceria corresponde aos interesses de ambos e trará benefícios para o ensino, já que os alunos poderão adquirir uma compreensão ampla dos aspectos neuropsiquiátricos associados à infecção pelo HIV, desde as bases biomoleculares até o diagnóstico e tratamento dos pacientes acometidos.

Também terão a oportunidade de desenvolver um raciocínio científico crítico e criativo, além de serem treinados na elabora,ao escrita de artigos científicos. De acordo com Elisabete Castelon Konkiewitz, os problemas neurológicos e psiquiátricos são uma questão de saúde pública.

“São problemas concretos que afetam parcela significativa da população, como a dependência química, assunto sério na região, os transtornos psiquiátricos que atingem aproximadamente 10% das crianças e as síndromes demenciais presentes em 5% das pessoas acima dos 65 anos, as seqüelas neuropsicológicas associadas aos acidentes vasculares cerebrais, dentre outros”, explicou.

Para estudar Neurociência, é comum imaginar grandes centros de pesquisa e tecnologia. Quando questionada sobre como desenvolver esses trabalhos em Dourados, Elisabete Castelon Konkiewitz explicou que, mesmo não possuindo ainda grandes recursos laboratoriais, a cidade, mais especificamente a UFGD, tem além do conhecimento, da criatividade dos professores e estudantes com vontade, compromisso e capacidade para realizar os estudos, serviços de atendimento com pacientes, que precisam ser ajudados e que podem ser fonte de dados clínicos importantes.

A vinda de Edward Ziff para o II Simpósio de Neurociências da Grande Dourados foi resultado do convite feito pela professora Elisabete Castelon Konkiewitz durante o 3º Encontro de Ciências e Cognição promovido no Rio de Janeiro. Edward Ziff conta que é a quinta visita que faz o Brasil e por isso já tem contatos com os professores das Universidades Federais Fluminense (UFF) e do Rio de Janeiro (UFRJ), mas que esta foi a primeira vez em que teve contato com estudantes de graduação de Medicina e Psicologia.

No II Simpósio de Neurociências da Grande Dourados, Edward Ziff falou sobre histórias reais de pacientes por ele entrevistados, cujos intrigantes distúrbios neurológicos foram apresentados e discutidos à luz da compreensão atual do cérebro e da mente. Estes casos são relatados no livro “O olhar da mente” do médico e escritor Oliver Sacks.

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