Mato Grosso do Sul pode ganhar rede de pesquisadores indígenas

Mato Grosso do Sul pode ganhar uma rede de pesquisadores indígenas. Segundo estimativa do Projeto Rede de Saberes, o Estado possui atualmente 600 índios fazendo um curso superior e vem crescendo o número dos que estão cursando mestrado e até doutorado. Na sexta-feira (22), um grupo de 14 indígenas que já concluíram o mestrado, mestrandos […]

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Mato Grosso do Sul pode ganhar uma rede de pesquisadores indígenas. Segundo estimativa do Projeto Rede de Saberes, o Estado possui atualmente 600 índios fazendo um curso superior e vem crescendo o número dos que estão cursando mestrado e até doutorado.

Na sexta-feira (22), um grupo de 14 indígenas que já concluíram o mestrado, mestrandos e doutores participaram de uma reunião em Campo Grande para discutir a criação de um fórum ou uma rede de pesquisadores indígenas em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o doutor Antônio Brand, responsável pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas das Populações Indígenas (Neppi), por muito tempo os saberes dos índios foram considerados sem importância pela academia. “A universidade precisa pensar em como oferecer formação mais adequada aos indígenas. A academia não deve tentar ‘engessá-los’ no modelo científico, mas ouvi-los e dialogar com eles”, explicou.

Para o pós-doutor da etnia Terena, Rogério Ferreira da Silva, que participou da reunião, algumas universidades tiveram avanços significativos em certas áreas, no que se refere ao diálogo com os indígenas. “Isto ocorre graças aos projetos de grupos de professores, mas ainda é pouco. O que se precisa é de políticas públicas institucionais para que esses diálogos sejam parte componente das grades curriculares das áreas de saberes das universidades”, disse.

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