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Matéria da Revista Época revela peso do dinheiro em eleição para deputado federal

Um comparativo publicado este sábado (13) pela Revista Época mostra como o dinheiro é decisivo na disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados. O cruzamento dos dados de financiamento da campanha de 2010 com os resultados da eleição aponta os estados onde as disputas eleitorais foram mais caras e mais baratas, a também a […]
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Um comparativo publicado este sábado (13) pela Revista Época mostra como o dinheiro é decisivo na disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados. O cruzamento dos dados de financiamento da campanha de 2010 com os resultados da eleição aponta os estados onde as disputas eleitorais foram mais caras e mais baratas, a também a “relação custo-benefício” entre os deputados eleitos, dividindo o valor arrecadado pelo número de votos obtidos.

Em Mato Grosso do Sul, entre oito deputados federais eleitos, a campanha mais cara foi a de Reinaldo Azambuja (PSDB), que arrecadou R$ 3.072.342,95 e “rendeu” 122.213 votos, ou seja, um “custo” de R$ 25,14 por voto.

Edson Giroto (PR) é o segundo no rancking. Para obter os 147.343 votos, Giroto “investiu” R$ 3.029.400,00, a um custo de R$ 20,56 por voto. A seguir vem Vander Loubet (PT), com 116.330 votos e uma campanha de R$ 2.708.612,15, ou seja, R$ 23,28 por voto.

O quarto colocado é Antônio Carlos Biffi (PT), com R$ 988.756,42 arrecadados na campanha e 60.039 votos, o que dá R$ 16,47 por voto. O quinto é Luiz Henrique Mandetta (DEM), com 78.733 votos e R$ 1.164.857,50 gastos na campanha, representando R$ 14,80 por voto. Em sexto lugar está Marçal Filho (PMDB), com uma campanha de R$ 896.276,09 e eleito com 60.957 votos, ou seja, R$ 14,70 por voto.

O sétimo em termos de “custo-benefício” é Geraldo Resende (PMDB), que arrecadou R$ 712.125,00 e obteve 79.299 votos, perfazendo R$ 8,98 por voto. O último dos eleitos nesse rancking é Fabio Trad (PMDB), que declarou uma campanha de R$ 582.166,62 e recebeu 82.121, o que resulta em R$ 7,09 por voto.

De acordo com a revista, os dados revelam que para ser eleito deputado federal no , além de cumprir “uma série de exigências formais, expressas na Constituição, há ainda uma grande exigência informal, que apesar de não estar em nenhuma lei, é tão verdadeira quanto as demais: para ser eleito, é preciso ter muito dinheiro”.

A Revista Época cruzou os resultados das eleições de 2010 com os dados de financiamento de campanha de 3.767 candidatos a deputado em todo o país. A conclusão é que em todos os Estados há uma forte correlação entre arrecadação de dinheiro e sucesso eleitoral. As estatísticas provam que é até possível arrecadar muito dinheiro e mesmo assim perder a eleição. Mas parece dificílimo vencer sem arrecadar muito.

Juntos, os 3.767 candidatos a deputado captaram R$ 887 milhões. Os 513 eleitos mais os 58 suplentes que assumiram alguma cadeira na Câmara após licença do titular foram responsáveis por 70% do montante. O Estado que teve a eleição proporcionalmente mais cara foi Roraima, onde cada voto custou R$ 66,16. Entre os eleitos, o campeão em receitas foi Sandro Mabel (PR-GO), com R$ 4,9 milhões. Já o custo por voto mais alto foi de Edio Lopes (PMDB-RR), com uma média de R$ 152,14 para cada eleitor. Curiosamente, os dois candidatos que mais arrecadaram no país não foram eleitos.

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