Marcos: “se tivessem paciência, Ronaldo jogaria até o fim do ano”

Um dos maiores ídolos da história do Palmeiras não se furtou a eleger Ronaldo, que acabou de se aposentar, o melhor jogador que ele viu atuar. Companheiro do ex-atacante na conquista da Copa do Mundo de 2002, Marcos deu a entender que a divulgação do milionário salário do ex-atacante no Corinthians o impediu de entrar […]

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Um dos maiores ídolos da história do Palmeiras não se furtou a eleger Ronaldo, que acabou de se aposentar, o melhor jogador que ele viu atuar. Companheiro do ex-atacante na conquista da Copa do Mundo de 2002, Marcos deu a entender que a divulgação do milionário salário do ex-atacante no Corinthians o impediu de entrar em campo até dezembro.

“A pressão e a cobrança sobre o Ronaldo sempre foi muito grande em toda a vida dele. Eu acompanhava os noticiários e, quando ele não jogava, era comentário a semana toda. Se tivessem paciência, ele poderia jogar o ano todo. É que hoje são divulgados os salários e pensam que você tem que estar sempre em campo”, comentou o goleiro.

De acordo com o camisa 12, os violentos protestos da torcida corintiana após a eliminiçâo na fase preliminar da Libertadores devem ter assustado tanto Ronaldo quanto Roberto Carlos, já que ambos passaram mais de uma década na Europa.

“Já passamos por isso muitas vezes no Palmeiras. Não podemos nos acomodar, mas é cultural, acontece desde quando eu era pequeno e ninguém faz nada. Quem vai para a Europa, talvez se desacostume a isso”, opinou Marcos, mais uma vez lembrando dos altos vencimentos dos atletas.

“O jogador é visto hoje em dia como celebridade, sucesso, com salário alto perto do salário mínimo e da média dos brasileiros. E o torcedor sempre pede que você seja um gladiador em campo, que trombe, brigue, saia ensanguentado. Se o time perde dessa forma, o torcedor se conforma. Se não, acaba cobrando”, continuou o goleiro.

Confusões à parte, Marcos se declarou fã do ex-atacante, uma admiração que aumentou principalmente na conquista do penta. “O Ronaldo foi o melhor jogador que vi na minha vida. Por ter participado de treinamentos com ele, uma Copa, foi quem mais marcou. E me aproveitei disso”, disse.

“Ir para a Copa com Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho me ajudou a ficar tranquilo, porque, se tem um problema e tomo um gol, tem muita gente para resolver. Se fomos campeões do mundo, muito se deve ao Ronaldo”, agradeceu. “Apesar de ele estar no Corinthians, é um ídolo de todo brasileiro”.

O palmeirense só não se emocionou ao acompanhar a última entrevista de Ronaldo como profissional. O goleiro passou a manhã no velório da sogra, que considerava uma mãe por morar com ele.

“Mas fiquei triste. A gente sempre gosta de ver jogadores fora de série como Ronaldo, Romário, Zico e Djalminha. O Ronaldo é um grande amigo, eu torcia para ele jogar até o fim do ano. Até mandei uma mensagem para ele ser feliz na sequência da vida como foi no campo”, contou Marcos.

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