Organizadores de um protesto que reuniu milhares de pessoas na capital da Argélia no sábado pediram que a população tome novamente as ruas no próximo fim de semana.

A Coordenação para Mudança Democrática na Argélia, um grupo que reúne ativistas de direitos humanos, sindicalistas, advogados, entre outros, pediu que as manifestações marcadas para 19 de fevereiro ocorram em todo o país.

A calma voltou à capital da Argélia, Argel, um dia depois de milhares de pessoas se reunirem para um protesto em favor de reformas políticas no país. A manifestação, que durou horas, terminou pacificamente na tarde de sábado.

Organizadores afirmaram que cerca de 10 mil pessoas participaram dos protestos, mas autoridades disseram que houve apenas 1,5 mil manifestantes. Muitos seguravam cartazes com os dizeres “Bouteflika fora”, em referência ao presidente Abdelaziz Bouteflika, que está no poder desde 1999.

Durante o longo estado de emergência em que se encontra a Argélia, manifestações públicas são proibidas em Argel e cerca de 26 mil policiais montaram barreiras em uma tentativa fracassada de conter as pessoas que se reuniram ontem na capital. Um ativista pelos direitos humanos afirmou que a polícia deteve brevemente cerca de 400 pessoas, mas nenhum ferido foi registrado. As informações são da Associated Press.