Maia propõe assembleia para criadores decidirem sobre Fundersul; Zeito se cala

O ex-presidente da Acrissul e candidato a presidente Chico Maia propõe que, logo após a eleição na Acrissul, uma assembleia da entidade decida sobre questionamento do Fundersul no STF; O outro candidato, Zéito não quis falar sobre o assunto.

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O ex-presidente da Acrissul e candidato a presidente Chico Maia propõe que, logo após a eleição na Acrissul, uma assembleia da entidade decida sobre questionamento do Fundersul no STF; O outro candidato, Zéito não quis falar sobre o assunto.

Pesquisa recente publicada pelo Midiamax mostrou que produtores de Mato Grosso do Sul acham que Associação de Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul) e Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) deveriam entrar na Justiça contra Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário do Estado de MS (Fundersul).

O Midiamax entrou em contato com os dois candidatos a presidente da Acrissul, Chico Maia e José Lemos para saber qual é a opinião deles sobre o Fudersul.

O atual presidente da Acrissul, Chico Maia, disse que irá logo depois das eleições da instituição convocar uma Assembleia com os associados para decidir se a Associação entrará com uma ação contra a Fundersul ou se estudará uma outra forma de deixar o Fundo mais transparente. Já o presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Famasul, José Lemos Monteiro, não quis falar sobre o assunto.

Chico Maia disse que a Acrissul participa do Conselho do Fundersul e desde o começo criticou a falta de transparência de como é gerido o Fundo. “No fundo não existe participação do produtor rural em definir que estradas serão feitas, não há critério de regionalização. O Fundersul deveria ser mais democrático. Na verdade o Fundersul é inconstitucional”, explica Maia.

O fundo é um tributo que existe há 11 anos e é cobrado dos produtores que negociam grãos e animais. O governo estadual capta em torno de R$ 65 milhões anuais com o Fundersul. Parte do recurso arrecadado, ao menos em tese, deve ser aplicada em projetos de conservação e aberturas de estradas e construção de pontes.

A reclamação sobre o Fundersul é notada já há algum tempo, em 2007, quando a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) liderou um movimento que cobrava a prestação de contas da utilização dos recursos do tributo. “O que a classe precisa é de uma prestação mais transparente, que aponte aos produtores a destinação dos recursos”, disse em outubro de 2007 o então presidente da Famasul Ademar Silva Junior.

À época, a Famasul, por meio da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), moveu uma ação judicial contra o Fundersul por considerá-lo inconstitucional. O caso corre no STF (Supremo Tribunal de Justiça).

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