Após ser denunciada por manter em privado a filha de 38 anos que tem problemas psiquiátricos em um quarto, Maria Joana Xavier disse que precisa de ajuda para cuidar da mulher. Bastante hostil e nervosa, a mãe reclamou de falta de apio à reportagem.

Segundo ela, um monte de gente tem ido à sua casa, mas não houve proposta de ajuda. “Desde que saiu isso ai no jornal, todos os dias vem um monte gente aqui na porta da minha casa falar, mais ninguém é capaz de oferecer ajuda pra gente. Pensa como é difícil criar uma filha assim”, argumenta.

O caso já é antigo, segundo os vizinhos. De acordo com Maria José, de 47 anos, que diz morar ao lado da família há décadas, as condições de tratamento da mulher realmente são complicadas. “Conheço a dona Maria Joana há mais de 30 anos, sempre foi assim. A filha dela não gosta de usar , então ela só anda nua, quebra tudo o que tem dentro do quarto. É muito difícil a situação deles. Acho que as pessoas não podem julgar sem saber o que realmente acontece”, defende.

Ainda de acordo com a vizinha, a denúncia partiu de alguns vizinhos que mudaram recentemente no bairro. “Olha o que eu posso dizer e sempre vi, é que nunca faltou nada pra essa “menina”. Eles sempre deram as coisas para ela, sempre trataram ela bem”, afirma.

Já para Lenice de Souza, de 44 anos, a falta de instrução complica ainda mais o caso. “Eles são pessoas muito simples, a dona Joana não tem instrução, ela sempre morou em sitio junto o marido dela. O filho trabalha fora, então só sobram os dois que já são de idade pra cuidar da filha. É muito complicado pra eles”.

Ainda segundo as vizinhas, a filha do casal se machuca. “Já vi ela se batendo, batendo a cabeça na parede. Acho que o que eles precisam no momento é de uma doação, ajuda quem puder ajudá-los seria muito bom”, comenta a dona Maria José.

Antes de nos expulsar da frente da sua casa e avisar que não vai mais receber a imprensa. Ela disse que está aguardando o resultado de uma internação. “A moça já me garantiu que eu vou conseguir, mas tenho que aguardar”, afirmou dona Maria Joana. Ela não revelou o local da internação da filha.