O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta quinta-feira (16), durante jantar com embaixadores de países de africanos, em Brasília, apoio ao pleito brasileiro por uma vaga permanente no conselho de segurança da ONU, segundo relato do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), que participou do encontro.

No jantar, oferecido na casa do embaixador da Angola, Leovigildo da Costa e Silva, disse aos embaixadores que nos próximos dias vai à sede da União africana-  Adis Abeba, Etiópia- apresentar propostas para o desenvolvimento do continente. De acordo com o senador, Lula disse que “não vai levar prato feito”, mas que vai conversar e ouvir as necessidades dos povos africanos.

“Ele [Lula] vai dizer que Brasil e Àfrica devem estar juntos e afirmou que vai levar para União Africana uma mensagem de otimismo. Lula disse aos embaixadores que se orgulha de ter construído uma relação válida com a África e acredita que Dilma vai manter a relação”, disse Crivella a jornalistas após deixar o jantar.

Após a visita à União Africana, Lula fará uma viagem ao Egito, onde vai proferir uma palestra na biblioteca de Alexandria.

Também participaram do jantar nesta quinta-feira os ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, José Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Garcia, Ana de Hollanda, ministra da Cultura, e os ex-ministros Franklin Martins e Edson Santos. O encontro é uma homenagem à atuação do ex-presidente pela integração entre Brasil e África.

Críticas
Lula criticou a maneira como os países ricos têm se comportado em relação à crise política no norte da África.  Lula disse que os países ricos deveriam promover a paz e não atacar os países”.

“Agora têm países que quando o presidnte cai nas pesquisas autoriza o ataque a outro país”, disse o senador.

Ainda de acordo com Crivella, Lula foi aplaudido durante sua fala pelos embaixadores, que pediram transferência de tecnologia para geração de energia e produção de alimentos.