Lugo se diz otimista com visita de Dilma ao Paraguai
O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, disse estar otimista com os resultados da visita da presidenta Dilma Rousseff ao país em 26 de março. Lugo afirmou que até lá confia que o Congresso Nacional terá aprovado o tratado de revisão do acordo de tarifas da Hidréletrica de Itaipu. Porém, ainda não há data para ser […]
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O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, disse estar otimista com os resultados da visita da presidenta Dilma Rousseff ao país em 26 de março. Lugo afirmou que até lá confia que o Congresso Nacional terá aprovado o tratado de revisão do acordo de tarifas da Hidréletrica de Itaipu. Porém, ainda não há data para ser votada a proposta. Desde o ano passado, o tema está pronto para ser apreciado pelos parlamentares brasileiros.
As informações são da Presidência da República do Paraguai. “Nosso país tem exigido maior compensação pela transferência da energia gerada pela binacional de forma justa aos benefícios que correspondem ao Paraguai”, disse Lugo, acrescentando que os movimentos da oposição paraguaia não atrapalharão as negociações.
Pelo acordo, haverá um reajuste de US$ 120 milhões para US$ 360 milhões sobre a taxa anual de cessão paga ao Paraguai pela energia não usada da Itaipu Binacional. Atualmente, o governo brasileiro paga US$ 43,8 pelo megawatt-hora de Itaipu somados a US$ 3,17 pela cessão da energia que o Paraguai não utiliza.
O valor da taxa de cessão será de US$ 9,51 tão logo o acordo seja aprovado pelos dois parlamentos. O comércio entre Brasil e Paraguai atingiu US$ 3,16 bilhões em 2010, o que representa aumento de 39% com relação a 2009.
Na visita a Assunção, Dilma vai defender ainda a ampliação das parcerias nas áreas social – saúde, educação e erradicação da pobreza. Na segunda-feira (17), o ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, reuniu-se com Lugo e disse que a presidenta cumprirá uma “agenda ambiciosa” no Paraguai.
Um dos temas mais delicados na relação dos dois países é o tratamento dispensado aos cerca de 90 mil “brasiguaios” – agricultores que vivem na área fronteiriça. Os camponeses que, em geral, mantêm-se com a agricultura de subsistência reclamam de preconceito e dificuldades. Desde o ano passado, foram intensificadas negociações em busca de uma solução para eles.
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