Lista com nomes e horários de trabalho dos médicos diminuirá atrasos, acham pacientes

Pacientes entrevistados são favoráveis a lista com horário de trabalho dos médicos na Capital, mas sindicato culpa erros na administração da saúde pública por atrasos no atendimento, que chegam a 3 horas.

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Pacientes entrevistados são favoráveis a lista com horário de trabalho dos médicos na Capital, mas sindicato culpa erros na administração da saúde pública por atrasos no atendimento, que chegam a 3 horas.

Promulgada pelos próprios vereadores, a lei que obriga as unidades de saúde de Campo Grande a colocarem placas com os nomes e horário de trabalho de todos os médicos plantonistas agradou a população.

Nos postos de saúde, onde pacientes constantemente denunciam ter de aguardar até três horas por atendimento, os clientes do serviço público de saúde acham que as placas dificultarão abusos por parte dos médicos.

A Câmara Municipal promulgou na última terça-feira (24), o projeto de lei n° 6.594/10, após o prefieto se afastar da questão.

Os médicos, no entanto, tentam barrar a novidade. O SinMed-MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul) foi contra a lei municipal. Segundo a entidade, o maior problema está na administração da saúde pública, e por isso não pode haver essa transferência de responsabilidade.

Os pacientes acham que o corporativismo atrapalha na situação. “Já teve casos de eu ficar até três horas para esperar uma consulta”, disse a dona de casa Andréia de Castro, 30.

“Uma vez eu esperei por uma consulta das 13h às 16h”, contou o mecânico Roger Gonçalves da Silva, 36.

Sobre essa suposta “cultura” de atraso dos médicos, o SinMed diz que há explicação. A entidade cita como exemplo a situação em que o profissional começa o expediente às 19h, porém começaria por volta de 19h30 por estar “colhendo informações de pacientes com o médico anterior”, fato que poderia criar um mal entendido por parte dos pacientes.

De acordo com representantes municipais, a lei é para a identificação do profissional, que muitas vezes é desconhecido da comunidade local, fiscalização de atendimento de qualidade e cumprimento dos horários.

Mas nem todos acreditam que o problema será resolvido. “Isso não vai resolver nada, graças a Deus eu não necessito muito de posto”, comentou a esteticista Wilma Gomes, 53.

“O problema é que enquanto fazem aquário, faltam médicos”, revolta-se o agricultor Valdivino Antônio de Souza, 77. “Os médicos tem de cumprir o horário certo”, diz a diarista Dilian Delfino de Souza, 50. Todos foram entrevistados em frente a postos de saúde da Capital.

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