A estudante Adriene Pinto, atingida na mão por uma bala de pistola .40 na madrugada do dia 24 enquanto estava no interior do carro do jogador Adriano, disse neste domingo ao UOL Esporte que não tem condições de falar sobre o caso neste momento, que está sob tratamento no hospital Barra D´Or (Zona Oeste do Rio de Janeiro) e que não está acompanhando o que tem sido divulgado na imprensa acerca do assunto.

Em uma rápida entrevista por telefone, a jovem de 20 anos reclamou do assédio da imprensa, que estaria buscado contato com ela e seus familiares, e prometeu conceder uma entrevista coletiva assim que deixar o hospital.

“Eu estou sendo medicada e sem condição nenhuma de falar sobre o que aconteceu. Jornalistas me ligam querendo que eu comente o que tem sido publicado, mas eu não estou acompanhado nada, estou em recuperação”, resumiu Adriene, com voz abatida.

A estudante não deverá deixar o Barra D´Or até passar por uma cirurgia de reconstrução do dedo atingido (indicador da mão esquerda). A informação é do próprio hospital. A vítima do disparo, que ainda não tem autoria conhecida e que teria sido acidental, permanecerá internada porque há risco de infecção no ferimento caso ela deixe o ambiente esterilizado do hospital.

O delegado Fernando Reis, da delegacia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, está disposto a realizar uma acareação entre Adriano e Adriene, já que os dois apresentam versões conflitantes sobre o ocorrido. A vítima afirma que foi o jogador do Corinthians quem efetuou o disparo. Adriano, por sua vez, diz que foi a própria vítima quem disparou a arma. Os dois concordam em duas coisas: o tiro ocorreu acidentalmente, e a pistola pertence ao segurança de Adriano, que também estava no carro.

Ao chegar ao hospital logo após o acidente, porém, a vítima disse a funcionários que não sabia quem tinha efetuado o disparo.

Segundo informações divulgadas pela Agência Estado, o delegado também informou que a perícia foi enfática ao indicar que o tiro partiu do banco de trás do carro. Adriano afirma que estava no banco da frente; a vítima diz que o jogador estava no banco de trás.