Japão vai desativar o complexo nuclear de Fukushima devido ao acidente que afetou as instalações da usina após o terremoto seguido de tsunami do último dia 11, informou neste domingo (20) o porta-voz do governo japonês, Yukio Edano.

Ele afirmou em sua entrevista diária sobre a crise nuclear que, “observando a situação objetivamente, está claro” que as instalações atômicas de Fukushima não serão novamente utilizadas.

A central de Fukushima, no leste do Japão, cerca de 250 km ao norte de Tóquio, seria fechada logo após as autoridades terem controlado a fuga de material radioativo e a alta temperatura que desestabiliza os núcleos dos reatores.

Esta é a primeira vez que o governo fala publicamente sobre o futuro da usina, em torno da qual se estabeleceu um perímetro de segurança mínimo de 20 km.

A central segue sofrendo problemas na maioria de seus seis reatores, mas as unidades 5 e 6 já têm acesso à eletricidade para ativar os sistemas de refrigeração e o reator 2 foi conectado neste domingo à corrente elétrica para que ele possa ser resfriado com suas bombas d’água.

Isso garante certa tranquilidade na usina, mas o reator 3 preocupa os especialistas da Tepco – companhia operadora da central -, já que a pressão na parte de contenção do núcleo poderia continuar aumentando.

Por enquanto, a Tepco considera que a pressão se estabilizou e que será liberada pressão para a piscina de supressão na base do reator.