O Ministério de Relações Exteriores informou que foi aberta uma sindicância para apurar o sumiço de obras de arte que faziam parte do acervo da Embaixada do Brasil na França. O Itamaraty confirma que averiguou irregularidades que levaram ao desaparecimento de cerca de 18 obras e que apura as responsabilidades.

De acordo com a assessoria, por se tratar de um território brasileiro, o fato não foi registrado na polícia francesa, mas isso ainda poderia ocorrer caso a sindicância aponte que houve roubo.

A apuração teve início em novembro de 2010, quando a pasta foi comunicada do sumiço pelo embaixador José Maurício Bustani. O processo de sindicância é demorado, segundo a assessoria, pois a embaixada é muito grande e é preciso falar com muitos funcionários e ex-funcionários. Localizada à beira do rio Sena, a Embaixada do Brasil ocupa uma mansão do século XIX.

As obras, que faziam parte do acervo da embaixada e da residência oficial do Brasil em Paris, foram doadas por autoridades e artistas. Entre as peças desaparecidas, estão tapetes, gravuras, fotografias do Rio de Janeiro e quadros de Marilu do Prado Wang, Gilda Basbaum, Orlando de Magalhães Mollica, Chico Liberato, Waltrand, Gervásio Teixeira e João Franck da Costa.