Uma mulher morreu e 39 ficaram feridos, três deles em estado grave, no atentado terrorista desta quarta-feira (23) na região central de Jerusalém, em Israel, informou o jornal The Jerusalem Post.

A polícia local confirmou que a bomba que explodiu do lado de fora de um ônibus faz parte de uma ação terrorista, ainda sem autor confirmado. Todos os hospitais da região foram abertos para receber as vítimas. Uma mulher de 59 anos não resistiu aos ferimentos e morreu.

Pouco antes do incidente, o primeiro-ministro do país, Binyamin Netanyahu, afirmou não descartar uma nova intervenção na faixa de Gaza.

A bomba estava conectada a um celular e detonou em uma estação de ônibus lotada em frente ao Centro de Convenções Internacional, que está diante do terminal central da cidade. Ao menos dois ônibus, um da linha 74 e outro da 14, foram atingidos pela explosão, informou o diário israelense Haaretz.

O jornal também informa que as entradas da cidade foram fechadas e que a polícia faz um trabalho de varredura na região para procurar outras possíveis bombas.

Jerusalém é uma cidade que já sofreu diversos ataques a bomba, especialmente de suicidas durante a segunda revolta palestina, ocorrida na última década. O último ataque suicida na cidade ocorreu em 2004.

O episódio de hoje é mais um na escala de tensão com os palestinos que ocorre desde a última semana, quando uma “trégua” de meses foi quebrada.

Após a intensificação de ataques por foguetes palestinos, Israel lançou uma nova operação nesta quarta-feira na faixa de Gaza e ao menos uma criança ficou ferida. Trata-se da segunda ação nesta semana, de acordo com as Forças Armadas de Israel.

Em nota, o governo israelense informou que os últimos disparos de foguetes foram além do alcance que costumam ter, levantando publicamente a suspeita de que os radicais palestinos tenham obtido armas – ou lançadores – mais potentes na faixa de Gaza.

Entre 2008 e 2009, Israel levou uma operação militar na região em resposta aos atentados com foguetes que terminou na morte de mais de mil palestinos. A região já estava sob bloqueio desde 2007, uma ação que tem como principal objetivo evitar a entrada de armas contrabandeadas em Gaza, e as restrições foram aliviadas após ações como a de uma alegada frota humanitária que se dirigiu à região no primeiro semestre do último ano