Irmãs separadas por tragédia familiar se reencontram 40 anos depois

A morte da mãe por motivos de doença e o suicídio do pai que ficou em estado depressivo separou quatro irmãos. Duas que estão na Capital se viram nesta terça; elas esperam encontrar os outros dois no interior do Estado

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A morte da mãe por motivos de doença e o suicídio do pai que ficou em estado depressivo separou quatro irmãos. Duas que estão na Capital se viram nesta terça; elas esperam encontrar os outros dois no interior do Estado

As irmãs Nilce, 56 anos, e Tereza Cintra Fonseca, 59 anos, se reencontraram, na tarde desta terça-feira, 23, depois de 40 anos. Elas e outros dois irmãos foram entregues para familiares diferentes depois que a mãe deles morreu. Desesperado, o pai os deu para conhecidos e depois cometeu suicídio, no Distrito de Taunay, na cidade de Aquidauana.

Nilce e Tereza foram para a mesma família, mas depois perderam o contato, pois Nilce, aos 16 anos se casou e mudou para Campo Grande. A irmã continuou com a mesma família e se mudou para Rondonópolis, depois Coxim, Aquidauana e por último no bairro Jardim Imá, na Capital, onde está até hoje com a família adotiva.

O encontro das duas começou a ter um desenrolar quando Nilce procurou a investigadora de polícia Maria Campos, que tem um trabalho voluntário para procurar pessoas. Com base nas informações acabou localizando os outros três irmãos. Tereza em Campo Grande, Antônia, 54 anos, em Aquidauana e Nilton, 61 anos, numa fazenda em Bodoquena.

Depois de um tempo investigando, a policial Maria Campos descobriu que Nilce e Tereza não estavam tão longe como imaginavam, pois são vizinhas de bairro e é possível uma ir até a casa da outra até a pé.

Maria Campos explica que Nilce e Tereza estavam separadas há 40 anos, mas os outros dois irmãos têm mais tempo, já que eles estavam com famílias diferentes. “Elas ainda tiveram uma convivência, mas eles não tiveram nem entre si nem com elas. Agora quero promover o encontro dos quatro nos próximos dias”, planeja a investigadora.

“No começo foi bastante difícil promover o encontro das duas, pois a família adotiva da Tereza tinha receios de “perde-la” para a família de sangue. Mas elas já são adultas e o direito de ir e vir de cada uma tem que ser respeitado. Elas precisam resgatar esta convivência, conhecer os outros membros da família como os sobrinhos”, diz a policial.

“Eu chorava todos os dias, pedia para Deus trazer meus irmãos de volta”, relatou Nilce depois que reencontrou a irmã, na sede do 5º Distrito Policial, onde é lotada a investigadora responsável pelo desfecho da história. Ela levou as filhas e os netos para conhecerem a tia Tereza.

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