Irene alaga ruas e faz jet ski virar meio de transporte nas ruas dos EUA

De cima, foi possível ver as enchentes e os estragos causados na região dos Outer Banks, na Carolina do Norte, onde o Irene chegou à costa americana com ventos de 150 km/h. Ali perto, na Virgínia, o furacão continuou provocando destruição. Casas do litoral não resistiram, e quatro pessoas morreram no estado, atingidas por árvores. […]

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De cima, foi possível ver as enchentes e os estragos causados na região dos Outer Banks, na Carolina do Norte, onde o Irene chegou à costa americana com ventos de 150 km/h. Ali perto, na Virgínia, o furacão continuou provocando destruição. Casas do litoral não resistiram, e quatro pessoas morreram no estado, atingidas por árvores. No país, o número de mortos chega a 18.

O furacão Irene se formou há uma semana, passou por Porto Rico, pela República Dominicana, por Cuba e pelas Bahamas. Ele chegou à costa dos Estados Unidos com mais de 800 km de diâmetro e avançou pela área mais populosa do país, na costa leste, afetando 65 milhões de pessoas.

O rastro deixado pelo fenômeno são carros achatados, casas partidas ao meio por árvores, e até um jet ski sendo usado pelas ruas, no lugar dos carros. O temporal castigou vários estados por dois dias. Na Pensilvânia, os maiores prejuízos foram com as enchentes.

Na principal cidade do estado, a Filadélfia, o rio não suportou, e a água invadiu os parques, as praças, as ruas que estão perto da margem. Mas parece que o furacão Irene veio no limite, sem provocar grandes tragédias. A preocupação no local, agora, é com a correnteza que está muito forte,.mesmo depois de dez horas do fim da chuva.

No fim desta tarde, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez um pronunciamento e lembrou que a temporada de furacões ainda não acabou. Ele disse que os efeitos da tempestade continuarão a ser sentidos durante semanas.

Mais de 4 milhões de americanos ficaram sem luz. Mesmo depois de o furacão ser rebaixado para a categoria de tempestade tropical, o vento e a chuva trouxeram muitos transtornos à maior cidade do país. Era madrugada quando a chuva e os ventos atingiram Nova York.

A prefeitura aconselhou a população a não ir para as ruas. O prefeito, Michael Bloomberg, dormiu no centro de gerenciamento de emergência da cidade e avisou que o pior estava por vir.
Em um dos abrigos da prefeitura, em uma escola pública da cidade, Brian Waters buscava refúgio. “Acho que as autoridades exageraram um pouco, mas é melhor se prevenir”, disse.

Quando amanheceu, lá fora, no oceano, a maré ficou alta e as águas do rio Hudson subiram. Na parte mais baixa do Battery Park, no sul de Manhattan, a água invadiu a calçada. No leste da ilha, mais indundações. O rio East chegou até uma área usada para o lazer.

m Manhattan, a enchente foi menos grave do que as autoridades esperavam. Muitas árvores foram derrubadas. Em Rosedale, perto do Aeroporto Internacional John F. Kennedy, a tempestade deixou marcas. A água alagou as ruas e invadiu as casas, que ficaram sem energia elétrica.

Nas praias de Long Beach, a uma hora de Manhattan, deu para ver a intensidade da tempestade. De madrugada, a maré alta engoliu as barreiras de dois metros de altura. Os ventos continuaram à tarde. Um posto do salva-vidas foi levado pelo mar.

Quando Irene foi embora, o prefeito Michael Blooberg disse, no início desta tarde, que o pior já passou. As pessoas já podiam voltar para suas casas.

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