Deputado Federal teria comprado fazenda por R$ 2 milhões e registrado na escritura que havia pagado R$ 200 mil pelo imóvel; MPE vai atuar no caso mesmo com a eleição do parlamentar

A investigação por improbidade administrativa contra o deputado federal eleito , do PR, permanece no Daex (Departamento Especial de Apoio às Atividades de Execução), setor responsável pelas perícias do MPE (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

A apuração corre desde novembro de 2009 a pedido da 30ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social e das Fundações de Campo Grande que, mesmo com a eleição de Giroto, vai continuar tratando do caso.

A denúncia indica que o parlamentar comprou uma fazenda e a registrou como se tivesse pago um valor bem inferior ao fixado pelo mercado.

O caso será tocado pelo MPE por se tratar de crime cível. Do contrário, a denúncia seria apurada pelo MPF (Ministério Público Federal).

A investigação contra o parlamentar que mais conquistou votos na disputa por vaga na Câmara Federal, 147 mil votos, surgiu por meio de uma denúncia anônima.

A denúncia sustenta que Giroto “possui patrimônio incompatível com seus vencimentos”.

Antes de eleito, o deputado federal era tido como um dos principais secretários do governo de André Puccinelli, do PMDB. Ele sempre atuou na secretaria de Obras, tanto no governo quanto no município de Campo Grande no período que o peemedebista comandou a prefeitura por oito anos.

A denúncia diz que Giroto teria comprado uma fazenda na cidade de Rio Negro pelo valor de R$ 2 milhões e “procedido à transferência da escritura pública por R$ 200 mil”.

A documentação do imóvel tem sido apurada pelo Daex. A partir desse desfecho, o caso retorna a 30ª Promotoria que vai decidir se leva ou não a denúncia adiante.

De acordo com a assessoria de imprensa do MPE, não há uma data definida para a Promotoria anunciar o desfecho da suspeita que recai sobre o deputado federal.