Integrantes do MST ocupam e fecham sede do Incra em Campo Grande

Aproximadamente 300 membros do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra) e da CUT (Central Única dos Trabalhadores) solicitam a nomeação de um novo superintendente

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Aproximadamente 300 membros do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra) e da CUT (Central Única dos Trabalhadores) solicitam a nomeação de um novo superintendente

Aproximadamente 300 membros do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra) e da CUT (Central Única dos Trabalhadores), que desde a manhã da última segunda-feira (22) já estavam acampados do lado de fora do prédio do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Campo Grande, ocuparam e fecharam às 7h desta quarta-feira (24) a sede do Instituto.

O protesto tem a ver com a demora na nomeação do novo superintendente do órgão. Em agosto do ano passado a PF, Polícia Federal prendeu o então superintendente do Incra, Waldir Cipriano Rabelo, durante a operação batizada de Tellus.

A PF descobriu um esquema fraudulento na venda de lotes com participação de servidores do Incra. Desde então, o órgão é comandado interinamente.

Por solicitação do MPF (Ministério Público Federal) desde a operação da PF o Incra fiscalizava os assentamentos no Estado. Ao menos 30% dos lotes são habitados de modo irregular, de acordo com as denúncias.

O procurador regional do Incra, Antonio Augusto Ribeiro de Barros, reuniu-se na manhã de hoje com três líderes do movimento. O procurador salientou que estão ocorrendo reuniões para a nomeação de um novo superintendente e concordou que o manifesto ocorre de forma pacífica.

“Está havendo reuniões em Brasília, acredito que até o final dessa manhã estará resolvido o impasse”, disse.

Manifestantes também fizeram uma marcha na tarde desta terça-feira (23) até a sede do MPF (Ministério Público Federal), apresentaram as reivindicações, junto ao procurador da república em MS, Felipe Fritz Braga.

Raquel dos Santos, uma das líderes da CUT, disse no início da semana que as entidades ligadas aos sem-terra enviaram comunicados ao governo federal e ao Incra nacional, porém nenhuma autoridade respondeu ao questionamento da nomeação do novo superintendente.

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