Índios de Dourados reclamam no MPF que FUNAI não respeita lideranças eleitas pela comunidade

Um grupo de lideranças indígenas protocolou no final da tarde desta quarta-feira no MPF (Ministério Público Federal) uma denuncia contra a coordenadora regional da FUNAI (Fundação Nacional do Índio) em Dourados, Maria Aparecida de Oliveira. Os índios alegam que o órgão não reconhece as lideranças eleitas democraticamente pela comunidade. A denúncia foi assinada pelos caciques […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Um grupo de lideranças indígenas protocolou no final da tarde desta quarta-feira no MPF (Ministério Público Federal) uma denuncia contra a coordenadora regional da FUNAI (Fundação Nacional do Índio) em Dourados, Maria Aparecida de Oliveira. Os índios alegam que o órgão não reconhece as lideranças eleitas democraticamente pela comunidade.

A denúncia foi assinada pelos caciques Vilmar Martins Machado e Le Omar Mariano Silva, da Aldeia Jaguapiru que reclama do descaso da FUNAI com as lideranças indígenas. “Não queremos chegar a tomar medidas extremas, que possam prejudicar outras pessoas que não tem nada a ver com isso, hoje somos um povo único e se preciso doaremos nossas vidas para que tenhamos respeito”, disse Leomar.

Conforme a denuncia a FUNAI não está respeitando o acordo firmado no inicio do mandato da atual coordenadora Maria Aparecida que no ato de posse prometeu consultar as lideranças da Reserva Indígena de Dourados sobre todos os assuntos de interesse da comunidade.

“A FUNAI tem nos deixados alheios as discussões sobre qual seria a melhor maneira de distribuir os recursos como óleo diesel, sementes, defensivos e ferramentas para a produção agrícola”, disse Leomar ao acrescentar que “a FUNAI a nosso ver está usando de ações políticas para benefício próprio e causando divisões em nossa aldeia distribuindo estes recursos sem nos consultar e repassando para grupos que muitas vezes usam em benefício próprio”.

Leomar disse também que os “grupos” beneficiados pela FUNAI acabam trocando e até vendendo as sementes, combustível e ferramentas. Em outros casos, segundo Leomar, os “grupos” acabam usando os insumos para plantar soja ao contrário de garantir as culturas de subsistência dos mais de 13 mil índios que habitam a reserva de Dourados.

Últimas Notícias

Conteúdos relacionados