As cidades litorâneas brasileiras deverão apresentar ocupação próxima do total neste verão. No caso do Rio de Janeiro, de Salvador, Fortaleza e Búzios a expectativa é que topos os leitos sejam ocupados. A previsão é da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA).

Segundo o presidente da FBHA, Alexandre Sampaio, os brasileiros estão substituindo os turistas europeus nestes destinos. Dois fatores contribuem para que isso ocorra, o frio na Europa e em outros lugares do Hemisfério Norte nessa época do ano e o pequeno repique do dólar, somado à questão do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nos cartões de crédito, “criou uma expectativa de um gasto talvez não tão controlado”. Daí a preferência por comprar pacotes turísticos no Brasil, com antecedência e com preços pré-definidos. Para Sampaio, essa opção tornou-se uma vantagem comparativa.

Outros destinos de praia, como Maceió e João Pessoa têm ocupação projetada para o verão de 95% e 90%, respectivamente.

O crescimento esperado em relação ao verão passado oscila entre 5%, caso do Rio de Janeiro, e 10%, em Salvador. Outro destino que vem apresentando aumento nas taxas de ocupação é Foz do Iguaçu. A cidade espera ocupação de 86% no réveillon e de 60% no verão, o que significa acréscimo de 20% em comparação à última temporada. A eleição recente das Cataratas do Iguaçu como uma das sete maravilhas naturais do planeta favorece a maior procura pela cidade.

A expectativa do presidente da FBHA é que a ocupação hoteleira cresça ainda mais em 2012, impulsionada pelo turismo de negócios nas capitais e de agronegócio no interior. Outro elemento que contribui para a ocupação nos próximos anos é a maior visibilidade do Brasil com a Copa do Mundo, em 2014 e das Olimpíadas, em 2016.

Sampaio destacou, entretanto, a necessidade de eliminar alguns gargalos. Defendeu maior flexibilização na concessão de vistos e a desoneração da atividade, de modo a permitir maior rentabilidade. “Atrair turistas para o nosso país tem de ser considerado como , porque nós estamos introduzindo dólares na balança de pagamentos e serviços”.