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Hospital do Câncer de Dourados reduz em 70% transferências para Barretos

A construção do Hospital do Câncer de Dourados, obra que começou em maio de 2008 e que já teve o primeiro pavimento inaugurado em abril do ano passado, já é considerado um dos mais importantes aliados das pessoas que precisam desse tipo de tratamento médico e que antes eram obrigadas a se deslocar, em situações […]
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A construção do Hospital do Câncer de , obra que começou em maio de 2008 e que já teve o primeiro pavimento inaugurado em abril do ano passado, já é considerado um dos mais importantes aliados das pessoas que precisam desse tipo de tratamento médico e que antes eram obrigadas a se deslocar, em situações desconfortáveis, para a cidade de Barretos, no interior de São Paulo, até então a principal referência na área.

Atualmente, já é possível realizar em Dourados os tratamentos ambulatoriais e exames de radioterapia e quimioterapia. “Só se for algum tipo raro, e mais complicado, que o doente precisa ir para Barretos. Do contrário, tudo se resolve por aqui mesmo”, disse ao Douranews a advogada Virginia Magrini, que preside a Associação de Combate ao Câncer da Grande Dourados (ACCGD) desde maio de 2005. Mesmo assim, segundo ela, os casos encaminhados para a cidade paulista são diagnosticados e ocorrem encaminhamentos de lá pra cá, para que o tratamento seja feito pelos médicos de Dourados.

Com essa construção, triplicou o número de atendimentos aos portadores do câncer de Dourados e das cidades vizinhas que antes tinham que sair do Estado. “Diminuímos em torno de 70% o número de viagens para Barretos”, comemora a presidente da Associação,

O Hospital do Câncer conta com uma equipe de dez médicos, todos atendendo pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e com dedicação integral. Um deles, o ex-secretário municipal de Saúde, David Infante Rodrigues Vieira, disse ao Douranews que “é gratificante poder participar desse trabalho e ver que as pessoas estão ganhando mais qualidade de vida”.

Compromisso com a vida

As pessoas que realizam o tratamento em Dourados também são imediatamente cadastradas para receber o medicamento que é fornecido pelo convênio firmado com a Secretaria estadual de Saúde. Um tratamento de câncer chega a consumir remédios que custam, em média, R$ 400 por mês.

“Quando vejo o pessoal chegando aqui, em situação muito difícil e em pouco tempo ganham mais vida, eu fico ainda mais feliz por ter a oportunidade de trabalhar nessa construção”, destaca o mestre de obras Geraldo Félix de Oliveira, há 37 anos trabalhando no setor e com a experiência de um ano atuando em obras no Iraque. “Só quem sente a dor das pessoas para renovar todos os dias o compromisso com a vida”, diz ele.

“Infelizmente, essa doença ainda enfrenta muita discriminação, inclusive por parte de quem tem. As pessoas as vezes não procuram tratamento para tentar esconder o câncer e isso acaba sendo um problema. Com a estrutura que temos aqui hoje dá para oferecer um tratamento continuado e o paciente que não dá sequência, fatalmente vai a óbito”, observa a presidente da ACCGD.

O cofrinho e as doações

Virginia Magrini lembra, ainda, que o Hospital do Câncer está sendo construído através da contribuição voluntária de doadores que resolveram abraçar a causa. “Temos uma arrecadação constante [em torno de R$ 10 mil mensais], mas só a obra consome cerca de R$ 30 mil por mês. Todo o dinheiro que entra é revertido na construção”, diz ela.

As contribuições anunciadas através de emendas, como a do deputado Vander Loubet, da ordem de R$ 400 mil, ainda dependem da tramitação burocrática para reverter na compra de equipamentos ao hospital e o convênio firmado com o Governo, para destinar R$ 100 mil por mês à Associação, aguarda apenas a liberação das parcelas depois que foi regularizada a documentação.

“O cofrinho é a nossa ajuda essencial”, diz a presidente da entidade que mantém o hospital. A ACCGD mandou confeccionar cofrinhos personalizados, que são distribuídos em estabelecimentos comerciais que registram maior movimentação de pessoas e os clientes desses locais depositam as moedas que recebem como troca nas compras. “No período de dezembro a fevereiro, quando muita gente viaja ou tem outros compromissos com o dinheiro do mês, é cofrinho que salva a gente”, comenta Virginia, acrescentando que esse tipo de coleta rende, em média, de 7 a 8 mil reais mensalmente, especialmente nessa época do ano.

O Hospital do Câncer também realiza eventos beneficentes, com a colaboração de empresários e entidades da comunidade. Jantares, leilões e sorteios de prêmios, coletados no comércio, revertem em benefício da obra.

Bem cuidado

Portador de um câncer na garganta, e há um ano e meio fazendo exames periódicos e tratamento de radioterapia em Dourados, o agricultor Delfino Amarilha, de 62 anos, morador em , elogia o atendimento da equipe do hospital e a qualidade dos profissionais que o acompanham nesse tratamento. “Venho todo mês pra cá, e sempre sou muito bem cuidado”, afirma.

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