Vice-presidente Omar Suleiman também deixou o cargo, que ficará com junta militar. Mubarak tinha ido para balneário no Mar Vermelho, segundo seu partido. Povo, que pedia saída imediata havia 18 dias, celebrou nas ruas do Cairo.

O vice-presidente do Egito, Omar Suleiman, disse nesta sexta-feira (11) em pronunciamento na TV estatal que o presidente Hosni Mubarak renunciou, após 18 dias de violentos e crescentes protestos de rua que deixaram mais de 300 mortos e 5.000 feridos.

Depois de 30 anos no poder, ele entregou o poder ao Exército, disse Suleiman.

A notícia da renúncia, exigida pelos manifestantes, /foi imediatamente celebrada com festa nas ruas do Cairo e das outras grandes cidades do Egito.

Na lotada Praça Tahrir, transformada em centro nervoso dos protestos, manifestantes cantavam: ‘o povo derrubou o governo’.

Mubarak havia partido pouco antes para o balneário de Sharm el Sheij, no Mar Vermelho, a 400 km do Cairo, informou Mohammed Abdellah, porta-voz de seu partido, o Nacional Democrático

Mubarak, que tem uma residência no balneário, deixou a capital em meio a mais um dia de grandes protestos de rua pedindo sua saída imediata do governo.

Na véspera, ele havia anunciado a transferência de seus poderes a Suleiman, mas isso não satisfez os oposicionistas.

Nesta sexta-feira, o Exército havia soltado nota prometendo  levantar o estado de emergência sob o qual o país vive desde 1981, “assim que as circunstâncias atuais terminarem”.

Os militares também prometeram garantir uma eleição presidencial “livre e justa” em setembro, além de mudanças na Constituição e da proteção da nação, que vive há 18 dias uma crise política sem precedentes, com fortes manifestações de rua pedindo a renúncia imediata do presidente, de 82 anos e há 30 no poder.