Após a prisão de Guilherme Henrique da Silva, 19 anos, acusado da morte de Roberto Vinhal, de 59 anos, na noite do dia 23 de dezembro, a família da vítima contestou os esclarecimentos dados por ele, que mudou a versão dos fatos, em novo depoimento prestado ao delegado Geraldo Marin Barbosa, na manhã desta terça-feira (27).

”O Roberto possui doze filhos, que afirmam que o pai não é homossexual e que inclusive, é até “mulherengo” e já teve várias mulheres. Os policiais militares que estiveram no local também disseram que já atenderam uma ocorrência em que o Roberto discutia com uma mulher com quem ele mantinha um relacionamento. Mesmo assim, estamos averiguando todas as versões, com testemunhos, possíveis inimigos e outras provas”, afirma o delegado.

Em novo depoimento, Guilherme afirma que Roberto construía edículas no bairro Tiradentes e que ele prestou serviços de pintor, por alguns meses. Consta também no cadastro policial de Guilherme a profissão de ajudante de pintor.

“O acusado disse que Roberto pagaria pelos serviços prestados por ele somente no final, mas em uma discussão ele pegou uma marreta e deu várias pauladas em Roberto. A família de Roberto realmente confirmou que ele construía casas e a filha da vítima também achou uma lista com nomes de pedreiros e um pintor como sendo o Guilherme, o que dá fortes indícios de que possa ser verdade a nova versão, mas tudo está sendo investigado”, diz o delegado.

Independente da versão, o delegado afirma que irá manter o indiciamento de latrocínio, que é roubo seguido de morte. “Após matar o Roberto e ficar com o seu veículo, um Fiat Uno, Guilherme voltou com um amigo na casa da vítima, que fica no Jardim Panorama e levou cerveja para comemorar o Natal, segundo a versão dele, além de outros pertences”, explica o delegado.

Guilherme continua preso provisoriamente na Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos), até o final das investigações.