Grevistas afirmam que silêncio dos bancos amplia greve nacional da categoria

Para o Comando Nacional dos Bancários, Contraf-CUT, Sindicatos e Federações de Bancários, os bancos estão agindo de forma irresponsável ao permanecerem em silêncio e ignorarem a disposição da classe para retomar o processo de negociações.  Segundo os bancários, essa postura das instituições financeiras irá ampliar ainda mais a greve nacional da categoria, que completou nesta […]

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Para o Comando Nacional dos Bancários, Contraf-CUT, Sindicatos e Federações de Bancários, os bancos estão agindo de forma irresponsável ao permanecerem em silêncio e ignorarem a disposição da classe para retomar o processo de negociações. 
Segundo os bancários, essa postura das instituições financeiras irá ampliar ainda mais a greve nacional da categoria, que completou nesta quarta-feira (5) nove dias de paralisações em bancos públicos e privados em todos os 26 estados e no Distrito Federal.
Desde a última segunda-feira (3), o Comando Nacional dos Bancários esteve reunido em São Paulo avaliando a paralisação. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) também enviou uma carta à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), comunicando que os integrantes do Comando Nacional estavam de plantão, na capital paulista, aguardando a retomada das negociações.
Na carta, foi cobrado o compromisso público assumido pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) em pronunciamento divulgado na última quinta-feira, dia 29 de setembro, onde promete “disposição em dar continuidade às negociações com as representações dos bancários”. Entretanto, nenhuma negociação foi marcada até agora.
Os bancários rejeitaram o reajuste de 8%, que representa apenas 0,56% de aumento real, e reivindicam 12,8% (5% de aumento real mais inflação do período), valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, fim da rotatividade, combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, mais segurança, igualdade de oportunidades, melhoria do atendimento aos clientes e inclusão bancária sem precarização, dentre outros itens. 
Para a classe, as reivindicações são justas, principalmente, em face dos lucros estrondosos dos bancos nos últimos anos. Somente nos primeiros seis meses de 2011, as maiores instituições acumularam R$ 27,4 bilhões. É um dos setores mais rentáveis de economia e tem a obrigação de valorizar seus funcionários, gerar empregos, distribuir renda e contribuir para o desenvolvimento do país.

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