A greve dos bancários iniciada no dia 27 de setembro já é considerada a maior mobilização da categoria nos últimos 20 anos. A paralisação completou neste sábado (15), 19 dias de interrupção total dos serviços, com 100% de adesão das agências de Mato Grosso do Sul e de todo o país. De acordo com a assessoria da OAB, a greve está prejudicando os trâmites jurídicos de ações e processos.

Para a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Seccional Mato Grosso do Sul, a reivindicação dos bancários é legítima, mas a intransigência da direção dos grandes conglomerados econômicos em negociar, está atrapalhando o andamento de toda a sociedade.

Segundo o presidente da OAB/MS, Leonardo Avelino Duarte, está praticamente impossível realizar trâmites jurídicos de ações e processos, diante da impossibilidade do recolhimento de taxas. “Toda a sociedade depende agora do bom senso de se chegar a um termo razoável o mais rápido possível nessas negociações, com a pronta retomada dos serviços. Precisamos mobilizar as instituições para não ficarmos reféns do que um grupo de banqueiros oferece”, destacou Duarte.

Impasse

Os bancários pedem reajuste de 12,8%, sendo 5% de aumento real a mais que a inflação, melhoria na PRL (Participação nos Lucros ou Resultados), maior contratação de funcionários, cumprimento da lei dos 15 minutos, maior investimento na segurança bancária, e dentre outras questões.

Conforme Confederação Nacional dos Trabalhadores, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) propôs nesta sexta-feira (14) um reajuste de 9% nos salários e na PLR, além de aumento de 12% no piso da categoria. Tudo indica que a proposta feita deve surtir efeito positivo, e finalizar esse impasse.