Nesta sexta-feira (18) um grupo de ativistas do grupo Greenpeace promoveram protesto em contra a instalação de usinas nucleares no Brasil. Três manifestantes, que estavam na rampa do Palácio do Planalto, foram detidos enquanto defendiam a suspensão imediata nos investimentos na área.

O Greenpeace vem alertando dos perigos da energia nuclear desde início dos anos 2000. Com a tragédia do Japão a entidade reforçou sua oposição à esta forma de produzir energia,
Mato Grosso do Sul já foi cogitado, em meados de 2010, como um dos possíveis estados que poderiam receber uma nova usina nuclear brasileira. Na época, com fortes reações da sociedade, o projeto acabou paralisado. A usina, em teoria, começaria a produzir energia a partir de 2030.

Governos de vários países já se manifestaram contrários a investimentos nesse tipo de energia. Rússia, Bélgica, Suíça e Estados Unidos estão repensando seus projetos nucleares. O governo chinês suspendeu os investimentos em novas usinas. E a chanceler alemã, Ângela Merkel, deu a declaração mais contundente: aposentar imediatamente sete usinas. “O governo brasileiro também tem de abrir os olhos para isso. Com tantas alternativas energéticas, não faz sentido o Brasil continuar a construção de Angra III. Muito menos manter os planos de construir até 2030 outras quatro usinas”, afirma o responsável pela campanha de energia do Greenpeace, Ricardo Baitelo.