Grã-Bretanha e Itália pressionam por maior união fiscal na UE

O ministro das Finanças da Grã-Bretanha pediu neste sábado alguma forma de união fiscal para resolver a crise da dívida da zona do euro, e seu correlato italiano renovou o pedido da criação de títulos comuns na zona do euro. Após mais de um ano de reações paulatinas à crescente crise de débito, alguns economistas […]

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O ministro das Finanças da Grã-Bretanha pediu neste sábado alguma forma de união fiscal para resolver a crise da dívida da zona do euro, e seu correlato italiano renovou o pedido da criação de títulos comuns na zona do euro.

Após mais de um ano de reações paulatinas à crescente crise de débito, alguns economistas e formuladores de políticas estão advogando maiores mudanças na maneira como o bloco monetário funciona.

A disseminação das preocupações do mercado em crise para a França na última semana aumentou as apostas na véspera de um encontro dos líderes francês e alemão na próxima semana –ambos até o momento se opuseram a modificações mais radicais.

O britânico George Osborne disse que uma maior integração havia sido a conclusão inevitável desde o início do projeto de moeda única.

Indagado se a única solução para a saúde da zona do euro é algum tipo de união fiscal, ele declarou à rádio BBC: “A resposta curta é sim”.

“Fui contra a Grã-Bretanha se unir à moeda única. Uma das razões… foi porque achei que a lógica inclemente de ter uma moeda única é que você acaba tendo algo similar a uma política de orçamento única. Não se pode ter um sem o outro”, disse Osborne neste sábado.

“Um euro instável é péssima notícia para nós, temos que fazer com que nossa influência em decisões importantes, como serviços fiscais, não seja minada. Mas de fato temos que permitir uma maior união fiscal enquanto protegemos nosso próprio interesse nacional.”

A Grã-Bretanha se ateve à libra esterlina e só participa das discussões sobre a crise de débito da Europa como membro da União Europeia.

Por outro lado, o ministro da Fazenda italiano, Giulio Tremonti, também reforçou o pedido por títulos europeus comuns no sábado, dizendo que seriam a melhor solução para uma crise de débito que ele diz ainda apresentar o risco de contaminar outros países.

Falando um dia depois de seu governo adotar um pacote de 45,5 bilhões de euros de cortes de gastos e aumento de impostos visando restaurar a confiança nas finanças públicas da Itália, Tremonti fez um apelo renovado pela emissão de dívidas comuns na zona do euro.

“Um grau maior de integração e consolidação das finanças públicas na Europa é necessário”, afirmou Tremonti em entrevista coletiva para explicar o pacote de austeridade.

“A melhor solução teria sido o título em euro, com vários modelos possíveis que poderiam ter sido adotados”, disse.

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