Governo que formular nova geração de políticas públicas e evitar volta à pobreza dos emergentes
A Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República e o Ministério da Fazenda promovem amanhã (8), em Brasília, o seminário A Média Faz a Diferença: Origem e Desafios Sobre a Nova Classe Média Brasileira. O evento, que será aberto pela presidenta Dilma Rousseff, inicia o debate dentro do governo a respeito de uma […]
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A Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República e o Ministério da Fazenda promovem amanhã (8), em Brasília, o seminário A Média Faz a Diferença: Origem e Desafios Sobre a Nova Classe Média Brasileira. O evento, que será aberto pela presidenta Dilma Rousseff, inicia o debate dentro do governo a respeito de uma “nova geração de políticas públicas”, explicou à Agência Brasil o secretário executivo da SAE, Roger Leal.
A preocupação é formular políticas sociais para o contingente de 31 milhões de pessoas que entraram na classe C na última década e que sirvam como “trava” para que esse contingente não regresse à condição social anterior. Segundo Leal, “é primordial” compreender quem são as pessoas que emergiram; como foi o processo de ascensão; quais as demandas da população por serviços públicos; e entender o que diferencia esse contingente daqueles que não conseguiram melhorar o padrão de vida.
“Nós temos uma sociedade diferente, tivemos uma conquista. O que devemos fazer para preservar essa conquista? Como consolidá-la para minimizar os riscos de que possa haver retrocesso?”, pergunta o secretário-executivo ao lembrar que a ascensão gerou impacto no mercado de consumo e nos três níveis de governo (municipal, estadual e federal).
A avaliação do governo é de que a nova classe social tem um papel central na economia nacional. A ampliação do estrato e do seu poder de consumo é considerada a força motriz do mercado interno, um fator que aumentou de importância desde o estopim da crise econômica internacional em 2008.
O incremento da classe média (hoje equivalente a mais da metade da população, 95 milhões de pessoas) é considerado efeito das políticas sociais distributivas e das políticas econômicas anticíclicas do governo anterior.
Para o ministro-chefe da SAE, Moreira Franco, o crescimento da classe média está intimamente ligado à valorização real, do salário mínimo e ao aumento da oferta de emprego, conforme salientou há cerca de 15 dias ao anunciar a realização do seminário de amanhã.
O evento contará com a participação dos principais especialistas em políticas sociais como Ricardo Paes de Barros (atual secretário de Ações Estratégicas); Marcelo Neri (Fundação Getulio Vargas); e Márcio Pochmann (atual presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea). Esses especialistas têm sido ouvidos pela presidenta Dilma desde a preparação do governo (a agenda social foi o primeiro assunto discutido pela equipe de transição no ano passado)
Além desses especialistas, o seminário terá como convidados nomes do mercado financeiro (como Luiz Awazu Pereira da Silva, do Banco Central; e Marcos Lisboa, do Itaú-Unibanco); formuladores de políticas econômicas (Marcio Hollanda de Brito, do Ministério da Fazenda); pesquisadores de consumo e opinião (como Renato Meirelles, do Data Popular); professores de economia (como Eduardo Giannetti, do Instituto de Ensino e Pesquisa – Insper) e palestrantes de organizações multilaterais (como Mario Pezzini, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE).
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