Governo de SP injetará R$ 70 milhões para estádio do Timão receber a Copa

O governo de São Paulo terá de colocar dinheiro público para que o estádio do Corinthians receba a Copa do Mundo de 2014. O diretor superintendente da Odebrecht, Carlos Armando Paschoal, revelou nesta quarta-feira que os R$ 820 milhões previstos para erguer a arena são referentes apenas aos 48 mil lugares desejados pelo clube, ao […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

O governo de São Paulo terá de colocar dinheiro público para que o estádio do Corinthians receba a Copa do Mundo de 2014. O diretor superintendente da Odebrecht, Carlos Armando Paschoal, revelou nesta quarta-feira que os R$ 820 milhões previstos para erguer a arena são referentes apenas aos 48 mil lugares desejados pelo clube, ao contrário do que informava a nota oficial do Corinthians, na última terça-feira, que falava claramenteneste valor para o estádio da abertura. Os outros 20 mil lugares exigidos pela Fifa abrigar o primeiro jogo do Mundial serão custeados pelo estado. O governo confirma a informação.

– Esse valor é previsto para a construção do estádio do Corinthians de 48 mil lugares, que inclui o envoltório do estádio, camarotes. Só não inclui os 20 mil acentos provisórios, que serão contratados posteriormente por uma licitação pública feita pelo governo do estado de São Paulo – afirmou Paschoal, em entrevista à Rádio CBN.
O executivo da construtora calcula a obra com o custo de até R$ 70 milhões. Depois da realização da Copa do Mundo, as arquibancadas serão removidas, fazendo com que o estádio volte a ter capacidade para 48 mil pessoas, como previa o primeiro projeto do Corinthians.

– Nós estamos estimando que isso pode andar em torno de R$ 60 ou 70 milhões, tanto para instalá-los e depois removê-los. Não está nos R$ 820 milhões – ressaltou.

Durante toda a negociação para a construção do estádio, governo de São Paulo e Corinthians garantiram que não haveria a injeção de dinheiro público nas obras. Entretanto, o secretário de desenvolvimento e planejamento Emanuel Fernandes admitiu que o estado mexerá nos cofres para receber o torneio.

– O estádio é do Corinthians, a estrutura definitiva é do Corinthians, mas para a abertura há certos requisitos que precisam de estruturas temporárias. É na abertura da Copa. São Paulo quer a abertura da Copa, é um interesse nosso, estaremos abertos ao mundo. É a oportunidade que o povo paulista tem de mostrar que é um lugar bom de se visitar, organizado – disse.

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, sancionou nesta quarta-feira, durante em evento no terreno de Itaquera, a lei de incentivos fiscais para a construção do estádio no valor de R$ 420 milhões. Corinthians e construtora receberão o dinheiro através de Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento (CIDs), que serão vendidos no mercado a qualquer empresa.

Apesar de as garantias financeiras terem sido entregues à Fifa, clube e Odebrecht ainda travam algumas batalhas antes de assinarem o contrato. A empresa quer firmar o vínculo imediatamente, mas o Corinthians tenta atrasá-lo ao máximo para poder arrecadar dinheiro com a venda de camarotes e o nome da arena já com as obras em um estágio avançado.

Conteúdos relacionados