Garota que disse ter sido estuprada perto do shopping muda versão e agora culpa amante
Adolescente de 16 anos de idade disse que o namorado, já denunciado por homicídio, roubo e tráfico de drogas, seria um dos estupradores. Ele foi detido e a polícia caça um possível segundo envolvido no caso
Arquivo –
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Adolescente de 16 anos de idade disse que o namorado, já denunciado por homicídio, roubo e tráfico de drogas, seria um dos estupradores. Ele foi detido e a polícia caça um possível segundo envolvido no caso
A adolescente de 16 anos que afirma ter sofrido um abuso sexual na noite do último domingo mudou um pouco a versão de como tudo aconteceu. Na primeira delas foi de que foi abordada em um ponto de ônibus quando dois homens o atacaram a pé e a levaram para uma praça ao lado de um condomínio de luxo perto do shopping Campo Grande.
Agora, ela diz que foi o namorado, identificado como Cesar Luiz Nogueira, 32 anos, o autor da violência sexual com a participação de um homem que ela diz desconhecer. Os dois mantinham relação amorosa há dois anos.
Segundo uma das versões da adolescente, num total de três, o amante a violentou porque ela sabia demais sobre o serviço de entrega de drogas feito por ele.
Inclusive, ela afirma que o acompanhava nas entregas e sabia de todas as bocas de fumo da região. O fato da moça contar sobre as drogas para algumas pessoas e ficar comentando sobre o “trabalho” do companheiro o teria deixado contrariado e a violência sexual seria uma maneira de puni-la.
Na versão da garota, o amante, que na verdade é casado e morava no bairro Piratininga, planejou o estupro com outro homem.
No domingo, ele teria ligado para ela por volta das 17h30, mas ela não quis conversar com ele. Depois disto, quando esperava por um ônibus do transporte coletivo em frente ao shopping, sentido centro Parque dos Poderes – ela afirma que seu “namorado” parou um veículo modelo Gol, na cor preta, e armado a obrigou a entrar no carro.
Na versão da adolescente, depois de entrar no carro, por volta das 20h15, que estava o “namorado” e o desconhecido, os dois passaram, revezadamente, a surrá-la e a praticar a violência sexual com o carro em movimento por, aproximadamente, 20 minutos.
Depois a garota diz que a dupla a deixou nas proximidades do viaduto sob a Avenida Ceará, ou seja, também do local onde foi abordada.
Depois que foi abandonada, a adolescente acionou conhecidos para socorrê-la. A adolescente fez um boletim de ocorrência por estupro e, segundo ela, quando César ficou sabendo falou para ela sustentar a versão da história, porém sem revelar que o autor era ele.
Além disso, o “namorado” a intimidou a fazer retrato falado totalmente diferente dele desviar o foco dele. Porém, segundo a delegada que cuida do caso, Márcia Regina Mota, há sim características descritas pela vítima que identificam Cesar como, por exemplo, o boné que usava no dia do possível estupro.
A adolescente mudou sua versão de que foi estuprada em um matagal próximo ao shopping depois que foram mostradas a ela imagens das câmeras de segurança que mostram o trabalho da PM na noite do crime.
Acontecia uma operação de militares do 9º Batalhão naquela noite e estrategicamente viaturas, homens à pé e à paisana circulavam pelo local e tinham visibilidade do ponto de ônibus. Nenhum deles diz ter visto homens a pé abordando a moça no horário que ela havia descrito.
Ainda de acordo com a delegada Regina Mota, a polícia começou a investigar os familiares da adolescente e chegaram até Cesar, que já tem passagens pela polícia por homicídio, tráfico de drogas e roubo.
Ele foi detido em sua residência e levado até a delegacia para uma espécie de acariação com a menor.
Quando a adolescente ficou frente a frente com César mudou a fisionomia, inclusive chegou a passar mal.
Depois ela confessou para a delegada que um dos autores do estupro era ele. O homem está preso na delegacia Especializada de Roubos e Furtos a Veículos (Defurv).
Ele foi enquadrado nos crimes de corrupção de menores e roubo porque levou a bolsa da jovem. O estupro ainda depende do exame de corpo de delito que a vítima fez no Imol (Instituto Médico Legal Odontológico) e também coleta de material para comparação de DNA.
A polícia trabalha agora para identificar o suposto segundo autor. Além disso, há a possibilidade da adolescente não ter sido estuprada, mas sofrido agressões físicas.
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