Fundação de Saúde de MS contrata acusado de golpe com plano de saúde e indiciado por improbidade
José Adolfo foi contratado pelo presidente da Fundação de Saúde de Mato Grosso do Sul, Ronaldo Perches Queiroz, por R$ 48 mil. Ele já havia tentado ser diretor da Santa Casa de Campo Grande em 2009.
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
José Adolfo foi contratado pelo presidente da Fundação de Saúde de Mato Grosso do Sul, Ronaldo Perches Queiroz, por R$ 48 mil. Ele já havia tentado ser diretor da Santa Casa de Campo Grande em 2009.
Ele é indiciado por improbidade administrativa pela Polícia Civil de Lins, interior de São Paulo, denunciado pelo Ministério Público da Bahia por falir um plano de saúde em Salvador e foi afastado da equipe interventora da Santa Casa de Campo Grande (MS) dois anos atrás.
Mesmo com esse currículo, o contador e administrador de empresas José Adolfo Oliveira da Silva volta à cena na saúde pública em Mato Grosso do Sul, desta vez no Hospital Regional. Ele foi contratado pela Funsau-MS (Fundação Serviços de Saúde de Mato Grosso do Sul) para “prestar serviços técnicos”.
O diretor-presidente da Funsau, Ronaldo Perches Queiroz, é quem assina a contratação, com o valor de R$ 48 mil reais. Procurado pelo Midiamax, uma secretária do diretor disse que ele participava de reuniões durante todo o dia e que não poderia atender à reportagem.
No Hospital, ninguém soube explicar o que “seu Adolfo” faria. “Ouvimos um boato de que ele ia chegar ai, mas ninguém sabe de nada”, disse uma funcionária na diretoria administrativa.
A contratação, acertada no último dia 17, não tem detalhes no Diário Oficial sobre quanto tempo vai durar o contrato.
José Adolfo aparece como investigado pela Polícia de Lins desde fevereiro de 2009.
À época, ele era secretário de Saúde do município e, segundo o boletim de ocorrência 143/2009, foi acusado de participar de um esquema assim descrito pelo delegado André Ricardo Hauy: “estelionato, apropriação indébita e extorsão”.
Esse inquérito foi concluído em junho do ano passado e José Adolfo indiciado por improbidade administrativa.
De acordo com o delegado, agiram no esquema, além do administrador contratado pela Funsau-MS, um ex-vereador de Lins, Marcelo Moreira da Silva, e um casal que controlava o Hemonúcleo da cidade, à época prestador de serviço da Santa Casa de Lins.
“Em síntese, as investigações concluíram que o ex-vereador, na época dos fatos, de maio a dezembro de 2007, ainda no mandato da vereança, teria obtido vantagem patrimonial indevida, assim também o então Secretário Municipal, com a finalidade de favorecerem o referido casal na contratação da firma para administrar o Hemonúcleo”, diz um comunicado distribuído à imprensa pela Polícia Civil de São Paulo.
Note ainda as vantagens oferecidas ao ex-vereador e o ex-secretário de Saúde, que recebeu até uma TV por ter supostamente agido na trama: “no inquérito policial, com dois volumes, foram coletadas provas testemunhais, documentais, além de uma transcrição de fita cassete. Constam nos autos que Moreira teria recebido mensalmente do casal, Simone e Luciano, a quantia aproximada de R$ 4.500,00 a R$ 5.000,00, além de um automóvel Honda Civic placas KBS-7117 e José Adolfo, um aparelho de televisão 29’ e um DVD. O automóvel ainda em nome de Moreira, não encontrado, foi bloqueado; quanto aos eletroeletrônicos, apreendidos e depositados ao detentor”.
Na Bahia
Já em Salvador, capital da Bahia, José Adolfo teria, como gestor do Plano de Assistência Médica Integral, praticado ações abusivas e sumido do mercado assim que o caso passou a ser investigado pelo Ministério Público baiano.
Em 2009, José Adolfo chegou a ser contratado para atuar na administração da Santa Casa de Campo Grande (MS), mas, após uma denúncia publicada pelo jornal Campograndenews, a contratação foi cancelada.
Plano de Saúde
A irregularidade no plano de saúde baiano foi descoberta em 2006 e apurado pela promotora baiana Joseana Suzart Lopes da Silva. O plano envolvia ao menos três mil associados e foi acusado de não oferecer atendimentos médicos aos seus usuários, mesmo aqueles que em dia com as mensalidades. O plano faliu.
À época, o administrador disse que o plano gerenciado por ele havia quebrado porque “a crise afetava à época principalmente as pequenas empresas”.
A promotora solicitou, à época, que José Adolfo respondesse “pessoalmente pelos prejuízos causados, com pagamento de indenizações pelos danos patrimoniais e morais aos consumidores que não foram atendidos com presteza e prejudicados pelas práticas e cláusulas abusivas”.
Notícias mais lidas agora
- VÍDEO: Motorista armado ‘parte para cima’ de motoentregador durante briga no trânsito de Campo Grande
- VÍDEO: Menino fica ‘preso’ em máquina de pelúcia durante brincadeira em MS
- VÍDEO: Honda Civic invade calçada e bate em poste na Avenida Bandeirantes
- Ação contra roubo de cargas prende um no Jardim Aeroporto em Campo Grande
Últimas Notícias
CCJ da Câmara volta a analisar proposta de recontagem física dos votos
Ela propõe mudança na chamada Lei das Eleições
Jay-Z e Beyoncé apoiam a filha Blue Ivy Carter na estreia de ‘Mufasa: O Rei Leão’
Os magnatas da música, Beyonce e Jay-Z aplaudiram sua filha de 12 anos, Blue Ivy Carter, enquanto ela posava para fotos solo no tapete vermelho do Dolby Theatre em Hollywood, Califórnia , nesta semana na estreia de ” Mufasa: O Rei Leão. Fotos : Reprodução/ Instagram
Homem afirma ser filho de Leandro, irmão de Leonardo, e exige teste de DNA
Quase 30 anos depois de sua morte, o cantor Leandro pode ter um filho ‘perdido’ reconhecido pela Justiça; entenda o caso
Como a indústria de cassinos apoia o turismo e a economia na América Latina?
Descubra como os cassinos na América Latina impulsionam o turismo e geram crescimento econômico com inovação, cultura e oportunidades.
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.